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Oriente Médio

Israel vai construir mais 1.100 casas em Jerusalém

Anúncio do governo israelense de ampliação dos assentamentos aumenta tensão com palestinos

Construção de moradias israelenses no lado oriental de Jerusalém, reivindicado para ser a capital palestina | Menahem Kahana/AFP
Construção de moradias israelenses no lado oriental de Jerusalém, reivindicado para ser a capital palestina (Foto: Menahem Kahana/AFP)

O governo de Israel deu carta branca ontem para a construção de mais 1.100 unidades habitacionais para colonos judeus em Gilo, assentamento em Jeru­­salém Oriental, setor árabe da dis­­putada cidade. Ao mesmo tem­­po, o primeiro-ministro Ben­­jamin Netanyahu descartou qualquer congelamento nas construções, o que aumenta ainda mais as tensões com os palestinos na região.

O Ministério do Interior de Israel disse que as casas serão cons­­truídas em Gilo, um enclave de colonos judeus em Jerusalém Oriental. O ministério afirmou que a construção poderá começar em 60 dias, após ser cumprido um período para debates e objeções, um processo que o porta-voz ministerial Roi Lachma­­novich disse ser apenas uma me­­ra formalidade.

O governo da Autoridade Na­­­cional Palestina (ANP), que reivindica Jerusalém Oriental para sua capital, condenou a medida.

"Isso envia um sinal errado em uma época bastante sensível", disse Richard Miron, porta-voz do enviado da Organização das Nações Unidas (ONU), Robert Serry, para o Oriente Médio.

Saeb Erekat, principal negociador palestino, disse que a decisão de Israel significa "1.100 nãos à retomada das negociações de paz". Ele apelou aos EUA, aliados figadais de Israel, a mudarem sua posição e passarem a apoiar os palestinos no pedido de adesão feito semana passada na ONU.

Estado palestino

Com a paralisação das negociações de paz nos últimos três anos, os palestinos decidiram pedir, na semana passada, o reconhecimen­­to do Estado palestino pelo Con­­selho de Segurança da Orga­­niza­­ção das Nações Unidas (ONU), ten­­do como base as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967.

Netanyahu, em entrevista pu­blicada ontem pelo jornal Jerusalem Post, acusou os palestinos de má fé quando ambas as partes negociavam, até setembro do ano passado. Ele descartou a demanda palestina por um Es­­tado baseado nas fronteiras anteriores a 1967. Ele também afirmou que Israel nunca desistirá de Jerusalém Oriental, a qual con­­sidera parte da sua capital.

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