Desde o ataque surpresa do Hamas em Israel no final de semana, muitos israelenses estão sem resposta sobre o paradeiro de seus familiares, incluindo crianças que foram capturadas pelos terroristas e levadas para o outro lado de Gaza.
Um dos casos é o de uma mulher identificada apenas como Sharon, que contou ao portal Jerusalem Post como tem vivido os últimos dias sem ter notícias de seus sobrinhos adolescentes e de seu cunhado, sequestrados pela milícia.
Em seu relato, ela disse que a família mora em um assentamento próximo ao dela, no Kibutz Nir Oz, de onde começou a receber mensagens da sobrinha, de 16 anos, na manhã de sábado (7) informando sobre a invasão da casa.
“Os terroristas forçaram a entrada da casa deles, onde estava meu sobrinho Erez de 12 anos, minha sobrinha e o pai. Assim que tudo começou a acontecer, o mais novo escapou por uma janela e correu para se esconder nos arbustos do lado de fora. A partir disso, minha sobrinha começou a enviar mensagens de pânico para a irmã mais velha deles, que estava passando o fim de semana em outro lugar com a mãe.
A última mensagem recebida pela tia dos adolescentes dizia o seguinte: "Eles estão aqui, estamos nos escondendo deles. Saímos de casa”, disse Sharon ao portal.
"Eles mandavam mensagens dizendo que estavam no mato e sentiam muito medo porque os terroristas haviam chegado. E essa foi a última vez que tivemos notícias deles”, afirmou.
Ela e o marido, Nisan, moram em um kibutz vizinho, que também foi invadido na manhã de sábado. “Ouvimos tiros e gritos dos terroristas afirmando que estavam ali para nos matar”, disse ela.
Em meio ao desespero para encontrar seus familiares, Sharon acompanhou vídeos compartilhados nas redes sociais mostrando integrantes do Hamas com reféns israelenses. Em uma das mídias, reconheceu Ezer.
“No vídeo, vimos um dos terroristas levando Erez. Ele tem 12 anos, é um menino muito doce”, disse ela. O vídeo em questão mostra o adolescente rígido, com a cabeça baixa e os olhos fechados, as mãos rigidamente estendidas para os lados enquanto um homem o agarra rudemente por baixo dos braços e o puxa para trás. “Eles o pegaram e o levaram”.
“Esse é o único sinal que temos de que ele está vivo”, disse ela, desesperada. “Ele estava vivo no sábado ao meio-dia. Mas é isso. Não sabemos mais nada". Os familiares de Sharon seguem desaparecidos após o sequestro.
Desde o início do conflito, o Hamas já provocou a morte de mais de 900 pessoas no território israelense, incluindo bebês. Em Gaza, os números chegam a 700 vítimas.
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