A violência voltou a explodir entre Israel e Gaza, com um bombardeio aéreo israelense matando três palestinos, e militantes disparando foguetes para o outro lado da fronteira.
Os combates começaram na quinta-feira, quando dois militantes palestinos foram mortos dentro de um carro bombardeado. Um dos mortos era ligado ao grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e que Israel acusou de estar planejando o envio de homens armados para se infiltrarem no território israelense via Península do Sinai (Egito).
Os militantes palestinos reagiram lançando foguetes, alguns dos quais caíram perto de Beersheba, cidade a 35 quilômetros de Gaza. Não houve vítimas. Em todo o sul de Israel, sirenes convocaram os moradores para abrigos antiaéreos.
Outro bombardeio israelense se seguiu na madrugada desta sexta-feira, atingindo um campo de treinamento do Hamas na Cidade de Gaza. A explosão destruiu uma casa vizinha, matando seu proprietário e ferindo a mulher dele e seis crianças, sendo duas em estado grave, segundo fontes hospitalares.
"Responsabilizamos totalmente o governo da ocupação sionista (Israel) por esse crime e por esta nova escalada", disse Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas.
O grupo rejeita qualquer negociação de paz com Israel, mas no passado já propôs tréguas para tentar consolidar seu domínio sobre Gaza e estabelecer um diálogo com a facção rival Fatah, que governa a Cisjordânia.
Nos últimos meses, Israel passou a se preocupar também com a infiltração de militantes pela Península do Sinai, onde a vigilância militar egípcia se deteriorou em meio às turbulências políticas internas registradas desde o começo do ano.
Em agosto, homens armados saíram de Gaza, passaram pelo Sinai e entraram em Israel pelo extremo sul, matando oito pessoas. Nos combates que se seguiram, soldados israelenses entraram no território do Egito e mataram cinco policiais do país.
Israel pediu desculpas pelo incidente, e a junta militar egípcia prometeu reforçar a vigilância na região.



