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O governo italiano defendeu nesta sexta-feira (4) uma política de imigração comunitária e considerou que tragédias como o naufrágio na ilha de Lampedusa podem ajudar a "abrir os olhos" dos países da União Europeia para o problema. Na próxima terça-feira (8), os ministros do Interior dos membros do bloco se reunirão em Bruxelas para tratar do desastre que deixou mais de 110 imigrantes mortos. As equipes de resgate suspenderam as buscas de corpos nesta sexta-feira devido ao mau tempo. Estima-se que cerca de 200 pessoas ainda estejam desaparecidas. Dos centenas de imigrantes a bordo, 155 sobreviveram.

"A política de imigração agora não é comunitária. Esperemos que tragédias desse tipo abram os olhos também de outros governos europeus para mudar essa política", disse a ministra das Relações Exteriores Emma Bonino.

O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, classificou a tragédia como um "drama europeu" e anunciou que o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, prometeu visitar a ilha em breve.

"Vamos transmitir-lhe como a ilha é verdadeiramente a porta para a Europa", disse Alfano. "Este mar representa a fronteira entre a África e Europa não entre a África e a Sicília e por isso deve-se proporcionar mais segurança. É um drama europeu".

Para o ministro da Infraestrutura italiano, Maurizio Lupi, "chegou a hora de a Itália levantar a sua voz na Europa". "Não podemos continuar sozinhos a enfrentar esse problema. A União Europeia tem de nos acompanhar", disse.

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