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A polícia da Itália deteve nesta quarta-feira sete homens suspeitos de participar de uma quadrilha internacional que contrabandeava armas e explosivos para o Irã. Entre os presos estão cinco italianos e dois iranianos - um deles é jornalista correspondente da TV estatal do Irã.

A polícia ainda procura mais dois iranianos que também estariam envolvidos no esquema e afirma que os quatro estrangeiros são integrantes do serviço secreto do Irã. As autoridades italianas contaram com a colaboração de forças de segurança da Grã-Bretanha, Romênia e Suíça para realizar as prisões.

Uma investigação, iniciada em junho, revelou as atividades do grupo, que enviava armas e explosivos para o Irã da Itália e de outros países.

"Eles compravam produtos fora do país e os movimentavam entre a Itália e outros países para esconder o destino final e real: o Irã", afirmou Armando Spataro, promotor antiterrorismo da Itália

A Grã-Bretanha foi envolvida na operação depois de armas terem sido apreendidas no Aeroporto de Heathrow, em Londres, e a polícia ter detido um homem que seria o contato da quadrilha no país.

"Esse grupo internacional de traficantes de armas estava jogando com a ambiguidade, ou seja, o material apreendido poderia ser usado tanto para fins civis quanto militares", disse o comandante da polícia Attilio Iodice. "Investigações mostraram, porém, que o material estava destinado apenas para uso militar "

Na operação, a polícia apreendeu balas traçantes, explosivos e mais de mil cartuchos fabricados na Alemanha. Os detidos foram acusados de associação criminosa por tráfico de armas.

A Itália é um dos principais parceiros comerciais do Irã na Europa. No entanto, os laços do premiê Silvio Berlusconi com Israel e a pressão diplomática sobre o programa nuclear de Teerã levaram a uma drástica redução do investimento italiano no país persa.

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