Começou neste domingo a votação do referendo que pode gerar a mayor reforma Constitucional do Estado em 50 anos na Itália. A reforma constitucional pretende aumentar os poderes do premier e dar maior controle às Regiões. As mudanças dariam às 20 Regiões italianas autonomia nas áreas de saúde, educação e policiamento.
As votações, que vão até esta segunda-feira, devem servir como teste de popularidade para a coalizão de centro-esquerda comandada por Prodi, que se opõe às mudanças constitucionais e faz campanha pelo "não".
Os dois lados da disputa afirmam que vão vencer, mas comentaristas dizem que a incerteza sobre o comparecimento às urnas torna impossível prever o resultado do plebiscito.Para o ex-premier Silvio Berlusconi, uma derrota pode afetar suas chances de continuar a liderar a oposição de centro-direita depois de ter sido vencido nas eleições de abril.
O plebiscito é necessário porque a reforma foi aprovada no Parlamento, em novembro, por uma maioria simples e não pela maioria de dois terços necessária para fazer as mudanças entrarem automaticamente em vigor.
- A vitória do 'não' pode ser o começo do fim da carreira política de Berlusconi - afirmou Franco Pavoncello, presidente da Universidade John Cabot, de Roma.
A Constituição italiana foi redigida logo após a Segunda Guerra mundial, com o objetivo de evitar a volta de um ditador como Benito Mussolini. Mas seus críticos afirmam que os controles rígidos do documento dificultam o governo.
