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O paulista Thiago Freitas, de 38 anos, foi sequestrado por criminosos na terça-feira (9), no Equador
O paulista Thiago Freitas, de 38 anos, foi sequestrado por criminosos na terça-feira (9), no Equador| Foto: Reprodução/Redes Sociais

O governo do Brasil confirmou, na noite desta quarta-feira (10), a libertação de Thiago Allan Freitas, de 38 anos, brasileiro que foi sequestrado por criminosos durante a crise de segurança pública no Equador. O caso aconteceu na mesma cidade onde o líder da facção Los Choneros, o "Fito", fugiu da prisão no último domingo (7).

O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota afirmando que autoridades policiais equatorianas confirmaram a informação, que foi primeiramente divulgada por um irmão da vítima, Eric Lorran Vieira.

"O Ministério das Relações Exteriores continua a acompanhar o caso e a prestar a assistência ao nacional brasileiro e a seus familiares", disse a pasta.

Segundo o familiar de Thiago, apesar do susto, o irmão está bem. "O meu irmão está bem, está com os policiais. Os policiais fizeram uma ligação de vídeo. A gente com aquela tremedeira, com medo de ser outra pessoa fingindo ser um policial. Atendemos e estamos com a notícia maravilhosa de que meu irmão está bem, está a salvo, está sendo encaminhado para ficar com a família dele agora. Conseguimos salvar uma vida", disse Eric.

O episódio ganhou repercussão após um dos filhos da vítima ir às redes sociais do pai pedir ajuda para levantar o valor necessário para o resgate, solicitado pelos criminosos. “Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Estamos desesperados”, disse Gustavo no vídeo. A família é dona de um restaurante na cidade.

O empresário Thiago Freitas, natural de São Paulo, vive há três anos no Equador. De acordo com a família, há cerca de um ano ele levou os três filhos para o país, que o ajudam no negócio.

O Equador vive uma crise sem precedentes na Segurança Pública, a primeira enfrentada pelo novo presidente, Daniel Noboa. A onda de violência eclodiu após operações em uma penitenciária em Guayaquil em busca de José Adolfo Macías, conhecido como "Fito", líder do grupo criminoso Los Choneros, um dos mais perigosos do país. Ele fugiu no último fim de semana.

Desde então, o país vive cenas de terror, com ao menos dez pessoas mortas em vários atos de violência. Noboa, que assumiu o cargo em novembro, decretou estado de exceção de 60 dias em todo o país na segunda-feira (8) e declarou um "conflito armado interno", o que significa a mobilização e intervenção imediata das forças de segurança contra o crime organizado.

O governo brasileiro colocou a Polícia Federal à disposição do governo do Equador para atuar em meio à crise nacional que atinge o país, segundo disse o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, ao portal G1. Detalhes sobre a prisão de criminosos envolvidos no sequestro não foram divulgados.

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