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Ameaça

Japão aciona defesa antimísseis após Coreia do Norte anunciar lançamento de satélite

O premiê do Japão, Fumio Kishida, em coletiva durante a cúpula do G7 (Foto: EFE)

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O governo do Japão anunciou nesta segunda-feira (29) que colocaria em alerta a sua defesa antimísseis para abater qualquer projétil que pudesse ameaçar o seu território. O país fez o comunicado após a Coreia do Norte afirmar que o ditador Kim Jong-un havia aprovado os preparativos finais para o lançamento do primeiro satélite espião do país comunista ao espaço.

De acordo com a Reuters, esse seria o último de uma série de lançamentos, entre eles testes balísticos, feitos nos últimos meses pela ditadura da Coreia do Norte, país que detêm também armas nucleares. O porta-voz do Ministério da Defesa do Japão, Hirokazu Matsuno, afirmou que o governo do país aguarda que a Coreia do Norte dispare o foguete com o satélite sobre as ilhas do sudoeste, localizadas no mar do Japão, como fez em 2016.

"Tomaremos medidas destrutivas contra mísseis balísticos e outros que estejam confirmados para cair em nosso território", declarou o Ministério da Defesa do Japão em comunicado.

Analistas afirmaram à Reuters que o novo satélite faz parte de um programa de tecnologia da Coreia do Norte, que visa ampliar sua vigilância sobre inimigos com drones e outros artefatos de espionagem. O objetivo principal seria melhorar a capacidade do país de atingir alvos em tempos de guerra.

O primeiro ministro do Japão, Fumio Kishida, pontuou a repórteres que o lançamento norte-coreano é uma nova violação grave das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. De acordo com uma resolução, a Coreia do Norte está proibida de realizar lançamentos de mísseis balísticos, mas Pyongyang afirma que tais medidas não cobrem seu programa espacial.

"Pedimos veementemente que a Coreia do Norte se abstenha de lançar seu foguete", afirmou o departamento do primeiro-ministro no Twitter.

O líder japonês ainda afirmou que cooperaria com os EUA, Coreia do Sul e outros países, fazendo tudo o que fosse possível para coletar e analisar informações de qualquer lançamento norte-coreano.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA declarou que qualquer lançamento norte-coreano que use tecnologia de mísseis balísticos, incluindo o que é usado para colocar um satélite em órbita, violaria várias resoluções da ONU.

Em comunicado, a Coreia do Sul declarou que o lançamento do míssil da vizinha ao norte é ilegal e disse que “se a Coreia do Norte seguir em frente, pagará o preço e sofrerá".

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