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Tragédia

Japão busca 15,5 mil desaparecidos

Dois funcionários da empresa responsável pela central nuclear que explodiu após terremoto são encontrados mortos

Sobrevivente do tsunami recupera álbum de fotos entre os destroços de sua casa, em Igashimat­­su­­shima, na província de Miyagi | Yasuyoshi Chiba/AFP
Sobrevivente do tsunami recupera álbum de fotos entre os destroços de sua casa, em Igashimat­­su­­shima, na província de Miyagi (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)

Mais de três semanas após o terremoto e o tsunami que arrasaram a costa nordeste do Japão, equi­­pes de resgate procuram 15.552 pessoas que ainda continuam desaparecidas. Nos últimos três dias fo­­ram encontrados 78 corpos, se­­gundo a agência japonesa de notícias Kyodo News.

Cerca de 18 mil membros da Defesa Civil japonesa e 7 mil militares dos Estados Unidos estão tra­­balhando no resgate em áreas costeiras e nos maiores rios, usando helicópteros, navios e mergulhadores.

Ainda de acordo com a agência japonesa, cerca de 500 pessoas foram retiradas ontem da cidade de Minamisanriku, distrito de Miyagi.

Um total de 1,1 mil pessoas aceitou a proposta de retirada da cidade, dentre os 9,4 mil residentes que estão em abrigos (o número equivale a mais da metade da população da cidade antes do terremoto, cujo número chegava a 17.666 em 28 de fevereiro).

O governo confirmou até agora a morte de 12.020 pessoas em decorrência do terremoto e do tsunami de 11 de março.

As tarefas de reconstrução avan­­çam muito lentamente diante das dimensões da catástrofe, com danos que o governo japonês quantifica provisoriamente en­­tre 16 trilhões e 25 trilhões de ie­­nes (R$ 308 bilhões e R$ 482 bi­­lhões).

Segundo os dados policiais, há mais de 45 mil edifícios totalmente destruídos. Estima-se que aproximadamente 168 mil lares no nordeste continuem sem eletricidade e mais de 220 mil ainda careçam de água potável.

Funcionários mortos

Dois funcionários da empresa Tepco, que opera a central nuclear de Fukushima Daiichi, foram encontrados mortos no porão de uma das unidades da usina nuclear. Os funcionários, de 21 e 24 anos, estavam desaparecidos desde o terremoto seguido de tsunami.

Os dois trabalhavam na manutenção do prédio de turbinas do reator 4 e foram achados na última quarta-feira, quando a água contaminada por radiação foi drenada do fosso dessa parte da usina.

O presidente de honra da Tep­­co, Tsunehisa Katsumata, lamentou a morte dos jovens "que trabalhavam pela segurança da central" e disse esperar que tragédias assim "não se repitam".

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