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O Japão cogita ampliar a área de isolamento nos arredores da usina nuclear Daiichi, em Fukushima, caso os níveis de radiação aumentem. Segundo afirmou hoje o principal porta-voz do governo, Yukio Edano, não há planos imediatos para tal medida, mas a situação será revista regularmente. "Se houver risco para a saúde a longo prazo, nós teremos de considerar a expansão da área de isolamento", afirmou Edano.

Ontem, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que detectou radiação de césio-137 maior que o dobro do limite recomendado na cidade de Iitate, 40 quilômetros a noroeste da usina. O Japão estabeleceu uma área de isolamento de 20 quilômetros, além de pedir aos moradores de uma área entre 20 e 30 quilômetros que deixem suas casas voluntariamente.

Um porta-voz da Agência de Segurança Nuclear e Industrial, Hidehiko Nishiyama, informou à imprensa que autoridades estão analisando se os moradores de Iitate podem receber ordens para deixar suas casas. Segundo ele, há pouco mais de 100 pessoas vivendo no raio de um quilômetro detectado com radiação acima do permitido pela AIEA.

O porta-voz da agência também informou o aumento dos níveis de radiação em águas adjacentes à usina. Uma leitura feita ontem mostrou que a radiação estava 4.385 vezes acima do permitido. No dia anterior, estava em 3.355 acima do permitido. Nishiyama disse que é possível que o aumento na radiação na água do mar seja por causa do contínuo vazamento de material altamente radioativo de reatores danificados, que aqueceram demais quando os sistemas de resfriamento foram prejudicados pelo grande terremoto e tsunami do dia 11 de março.

O Japão começa a receber mais ajuda internacional para lidar com a crise. Uma equipe de especialistas da companhia de combustível nuclear francesa Areva chegou ontem para oferecer ajuda na retirada de materiais contaminados pela radiação. Um robô especial dos Estados Unidos também está sendo enviando à usina.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, visita hoje o Japão, no papel de líder rotativo do G-20, e se encontrará com o primeiro-ministro Naoto Kan. Sarkozy prestará solidariedade e oferecerá apoio aos japoneses para lidar com a crise.

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