Amã (EFE) O vice-primeiro-ministro jordaniano, Marwan Al Muasher, disse ontem, em entrevista coletiva, que só há 12 pessoas detidas como "suspeitas" de terem participado dos atentados de quarta-feira a três hotéis de luxo de Amã e se negou a revelar suas nacionalidades. "Alguns são jordanianos", disse, depois de se negar a confirmar se há ou não iraquianos entre eles, como foi revelado ontem manhã por fontes da segurança jordaniana, que mais tarde desmentiram a versão. Essas fontes também tinham falado de "uma centena de detidos" por sua possível relação, mas Muasher reduziu o número a apenas 12. Apesar disso, disse que todos eles são "suspeitos". Além disso, falou que o número de mortos é de 57 incluindo o cineasta sírio-americano Mustafa al Aqqad, falecido ontem.
O vice-premier também lembrou os 41 feridos que continuam internados. Al Muasher fez referência ao comunicado que, em nome da rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, apareceu ontem na internet e que assegurava que os atentados suicidas foram feitos por quatro pessoas, três homens e uma mulher, todos eles vindos do Iraque. "Só temos constância para afirmar que eram três terroristas suicidas, todos homens", disse ele. "É prematuro confirmar que se trata de iraquianos", destacou.
Para Muasher, "a Al Qaeda é a principal suspeita" dos atentados, levando em conta as características deles, mas insistiu em dizer que ainda é cedo para anunciar isso com certeza. Ele assegurou que os investigadores examinam com atenção as câmaras dos três hotéis atacados, o que poderia proporcionar informações importantes. O vice-primeiro-ministro afirmou que todas as fronteiras terrestres estão abertas com exceção da passagem de Al Karama, o único posto fronteiriço com o Iraque, que está fechado só para quem vem do Iraque.
Ele também anunciou que as medidas de segurança foram reforçadas em hotéis, ministérios e edifícios oficiais, onde serão instalados detectores de armas. Por último, descartou que a numerosa colônia de iraquianos na Jordânia cerca de 800 mil, segundo números da ONU seja alvo de represálias por parte dos jordanianos pela suposta implicação de iraquianos nos atentados, pois os terroristas "não representam o iraquiano médio, são bárbaros sem religião nem nacionalidade".
Os hotéis atingidos pelo ataque triplo - Hyatt, Days Inn e Radinson SAS trabalham à toda velocidade para recuperar seu esplendor. Nesse último, 17 pessoas de uma mesma família que assistiam a um casamento morreram. Entre os mortos estão os pais do noivo e os da noiva.



