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Jornal diz que Hezbollah teria bases na Venezuela com intenções de atacar até o Brasil

Células denominadas de "órgão de pesquisas especiais", pertencentes ao braço operativo da organização, são usadas para atentados no exterior

Reportagem do jornal israelense traz detalhes das bases do Hezbollah na Venezuela | Reprodução / Yedioth Ahronoth
Reportagem do jornal israelense traz detalhes das bases do Hezbollah na Venezuela (Foto: Reprodução / Yedioth Ahronoth)

A Venezuela tornou-se uma base aliada do movimento xiita libanês Hezbollah, que pretende atacar países sul-americanos, inclusive o Brasil, publicou nesta quinta-feira (13) o jornal israelense "Yedioth Ahronoth", um dos principais periódicos do país.

A publicação de Tel-Aviv, que cita uma fonte governamental do Estado israelense, afirma que, durante o governo do presidente Hugo Chávez, as relações com o grupo islâmico se estreitaram, de modo que existem até células do Hezbollah na Venezuela, pertencentes ao braço operativo da organização, usado para atentados no exterior e denominado "órgão de pesquisas especiais".

De acordo com o jornal, os serviços secretos israelenses acreditam que o movimento xiita esteja trabalhando para atacar alvos israelenses na Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Peru.

As ações teriam o objetivo de vingar a morte de um de seus líderes, Imad Mughnieh, que faleceu no ano passado em Damasco, na Síria. O Hezbollah, por sua parte, culpa Israel pela morte do dirigente.

O Yedioth Ahronoth ressalta que células da agrupação na América do Sul estão ativamente empenhadas em recolher informações para realizar os ataques, aproveitando a aproximação da Venezuela com o Irã para consolidar sua presença no continente.

O chamado órgão de pesquisas especiais era comandando por Mughnieh, que seria responsável, entre outros, pelos atentados de 1992 e 1994 em Buenos Aires.

A primeira ação diz respeito a um atentado a bomba contra a embaixada de Israel, que deixou 29 mortos. O outro alvo foi a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), onde morreram 85 pessoas.

No início do ano, a Venezuela rompeu relações diplomáticas com Israel, em repúdio à ofensiva realizada contra a Faixa de Gaza entre 27 de dezembro do ano passado e 18 de janeiro de 2009, que matou cerca 1.400 palestinos. No último mês, o governo do presidente venezuelano negou a existência de células do Hezbollah no país.

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