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LONDRES - O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, está sendo atacado nesta segunda-feira pelo jornal "Guardian", que pede sua renúncia em editorial publicado hoje.

"Nove anos é o bastante", afirma o jornal. "Não há desculpa para as falhas, não há desculpa para se capitalizar na paciência de seu partido, do país ou de seu sucessor".

O pedido vem na esteira do escândalo dos empréstimos feitos por multimilionários aos trabalhistas, em troca, supostamente, de vagas na câmara alta do parlamento britânico.

A maioria dos partidos grandes depende de empréstimos, e Blair não feriu a lei ao não os declarar. Sob as atuais regras, somente doações têm de ser declaradas publicamente.

Mas o que irrita alguns parlamentares trabalhistas é o fato de o tesoureiro e alguns ministros não terem tido conhecimento sobre as 14 milhões de libras (US$ 25 milhões) recebidas, alimentando alegações de que o círculo íntimo de Blair gerenciava um caixa dois suspeito.

Em resposta ao furor, lorde Falconer, o ministro trabalhista para assuntos constitucionais, disse nesta segunda-feira que o governo deveria rever a lei sobre empréstimos a partidos.

O escândalo já afeta a imagem pública do primeiro-ministro. Pesquisa publicada no domingo mostra que o índice de aprovação está em 36%, o menor desde que ele chegou ao poder.

Mas o partido ainda está à frente dos demais, conforme outras pesquisas. Em parte, porque os trabalhistas não podem ser atacados diretamente pelos empréstimos, já que os conservadores também dependem desse tipo de financiamento.

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