Jornalista acusa Obama de mentir sobre operação que matou Bin Laden

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O jornalista Seymour Hersh, de 78 anos, acusou a administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de mentir sobre a operação que resultou na morte do terrorista Osama bin Laden, no Paquistão, em 2 de maio de 2011.

Ganhador do Prêmio Pulitzer pela revelação do massacre de My Lai durante a Guerra do Vietnã, em 1968, Hersh publicou neste fim de semana na “London Review of Books” reportagem segundo a qual paquistaneses colaboraram com os americanos na ação.

Segundo o jornalista, Bin Laden foi mantido prisioneiro secretamente pelo governo paquistanês, que teria ajudado os EUA a “encenar” a invasão à casa em Abbotabad onde o terrorista estava abrigado.

Hersh disse ter baseado seu texto em entrevistas com um general paquistanês aposentado, que trabalhava no serviço de inteligência do país asiático, com um alto oficial de inteligência americano aposentado e com uma série de fontes não reveladas nos dois países.

Segundo ele, a inteligência paquistanesa (ISI) tinha capturado Bin Laden e o escondia em Abbottabad com a intenção de entregá-lo quando fosse mais conveniente para o governo paquistanês. A Casa Branca teria tido acesso à informação por meio de um membro do ISI que buscava a recompensa de US$ 25 milhões pelo líder terrorista que era oferecida por Washington.

O artigo assegura que altos comandantes de inteligência e o Exército do Paquistão sabiam que a operação ia ocorrer. Os paquistaneses teriam guiado as forças americanas até o esconderijo de Bin Laden.

O jornalista diz ainda que o objetivo não era capturar Bin Laden vivo e que Obama decidiu divulgar a morte para facilitar sua reeleição em 2012. Os EUA asseguram que o Paquistão não sabia da operação.