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Jornalistas da emissora argentina C5N ficaram horas detidos na Venezuela e foram expulsos do país na madrugada desta quarta-feira (10), segundo informou o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) em sua conta no X. De acordo com a organização, os profissionais tiveram os passaportes retidos ao chegar ao Aeroporto Internacional de Maiquetía e foram notificados de que não tinham autorização de ingresso no território venezuelano.
Conforme relatou o SNTP, o grupo permaneceu cerca de duas horas na área de migração. Após entregar a documentação, os jornalistas foram fotografados e submetidos a diversas perguntas antes de serem informados de que não poderiam entrar no país. Segundo o sindicato, a equipe era formada pelos jornalistas Adrián Salonia e Nicolás Munafó, além do cameraman Fabián Solís.
A emissora C5N divulgou um vídeo em que Salonia descreveu o interrogatório, afirmando que as autoridades fizeram “dezenas de perguntas” antes de comunicar que o trio não tinha “ingresso permitido” no país. De acordo com o relato do jornalista, os três foram conduzidos para outro avião com destino à Bolívia, onde aguardavam novo embarque para retornar a Buenos Aires.
“Fomos expulsos rapidamente e sem nenhuma explicação”, disse Salonia.
O episódio ocorre no mesmo dia em que o cardeal venezuelano Baltazar Porras denunciou ter tido o passaporte confiscado no mesmo aeroporto, conforme relatou em publicação no X.
