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As duas jornalistas norte-americanas detidas na semana passada por guardas da Coreia do Norte na fronteira com a China foram transferidas para Pyongyang, a capital norte-coreana, onde estão sendo interrogadas, disse um jornal na terça- feira, citando fontes de inteligência.

A prisão, ocorrida às margens do fronteiriço rio Tumen, ocorreu num momento de elevada tensão na região, quando a Coreia do Norte acusa os EUA e a Coreia do Sul de prepararem uma guerra, enquanto Pyongyang apronta o lançamento de um míssil de longo alcance.

"Entendemos que as duas repórteres estão em uma casa de hóspedes no subúrbio de Pyongyang, supervisionadas pelo Comando de Segurança (da agência norte-coreana de inteligência) e estão sendo interrogadas", disse o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo, citando uma fonte de inteligência.

As norte-americanas de origem coreana, identificadas pela imprensa como Euna Lee e Laura Ling, foram detidas na madrugada do dia 17 e levadas a Pyongyang no dia seguinte, em carros separados, segundo a fonte que falou ao JoongAng.

A dupla, que segundo a imprensa sul-coreana trabalhava para o site noticioso CurrentTV, dos EUA, provavelmente cruzou o rio congelado e passou ao lado norte-coreano em um ponto isolado onde o rio se estreita, de acordo com o jornal.

O Departamento de Estado dos EUA disse ter mantido contato com autoridades norte-coreanas para pedir a imediata libertação das jornalistas.

O cinegrafista norte-americano Mitch Koss e um guia chinês foram detidos pela polícia da China, segundo a imprensa.

"O cidadão norte-americano envolvido no caso já deixou a China", disse Qin Gang, porta-voz da chancelaria, na terça-feira em Pequim. Ele não comentou a situação das duas jornalistas na Coreia do Norte.

A prisão despertou alarme em Washington, porque em 1996 um norte-americano passou três meses detido pela Coreia do Norte após cruzar o rio Yalu, que demarca outro ponto da fronteira entre China e Coreia do Norte.

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