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Colorado

Juiz aceita pedido de não-culpabilidade em caso de massacre nos EUA

James Holmes, suposto autor do massacre de Aurora (Colorado, EUA), passará por uma longa avaliação psicológica independente dentro do processo judicial

Um juiz aceitou nesta terça-feira o pedido de não-culpabilidade por problemas mentais de James Holmes, suposto autor do massacre de Aurora (Colorado, EUA), o que representa o início de uma longa avaliação psicológica independente dentro do processo judicial.

Antes dos médicos examinarem Holmes, a acusação utilizará as declarações de até três mil testemunhas potenciais, duas mil provas físicas e até 40 mil páginas de documentos, informou o canal de televisão "NBC".

O juiz Carlos Samour disse que os promotores podem agregar um elemento a mais em seu arquivo: um caderno de notas que Holmes enviou à psiquiatra da Universidade do Colorado antes do massacre e no qual detalhava ter planos violentos.

Holmes enfrenta um total de 166 acusações, entre elas assassinato e tentativa de homicídio no tiroteio em uma sala de cinema que deixou 12 pessoas mortas e 70 feridas.

Segundo a lei do Colorado, um acusado que se declara inocente por razões de saúde mental deve ser examinado por psiquiatras designados por ordem judicial.

O juiz advertiu previamente que se Holmes alegasse doença mental deveria se submeter a um teste de polígrafo e a exames psiquiátricos narcoanalíticos, como o conhecido "soro da verdade", para determinar se está lúcido e são.

A defesa considera essas técnicas anticonstitucionais e criticou as leis do estado do Colorado por permiti-las, assim como por não respeitar a confidencialidade médica se o acusado atestar doença mental.

Ao alegar loucura, Holmes gozará de um regime de reclusão muito mais leve, mas todos seus antecedentes psiquiátricos também deverão estar à disposição da investigação judicial.

Os familiares das vítimas puseram em dúvida a doença de Holmes, já que este planejou cuidadosamente o ataque ao cinema e encheu seu apartamento de armadilhas explosivas com a aparente intenção de despistar a polícia e poder atuar com maior impunidade.

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