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Eric Adams

Juiz arquiva processo contra prefeito de Nova York após pedido da gestão Trump

Governo Trump havia pedido que o processo por corrupção contra Eric Adams fosse encerrado porque o prefeito é favorável às políticas anti-imigração ilegal do republicano (Foto: EFE/Ángel Colmenares)

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Um juiz federal arquivou nesta quarta-feira (2) um processo por corrupção contra o prefeito de Nova York, o democrata Eric Adams, após um pedido nesse sentido feito pela gestão do presidente republicano dos Estados Unidos, Donald Trump.

Adams havia sido indiciado em setembro do ano passado por cinco acusações de recebimento de propina, fraude e solicitação de doações ilegais de campanha do exterior.

Entretanto, em fevereiro deste ano, logo após Trump voltar à Casa Branca, o então procurador-geral adjunto interino Emil Bove disse num memorando enviado a procuradores federais em Nova York que o processo contra Adams deveria ser arquivado, porque estava impedindo o prefeito de colaborar com as políticas de combate à imigração ilegal do presidente.

Vários procuradores de Nova York pediram demissão por se recusarem a solicitar à Justiça o arquivamento da ação, mas o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) por fim pediu que o caso fosse encerrado.

Segundo informações da agência Associated Press, o juiz federal Dale E. Ho não manifestou opinião sobre os méritos do caso, mas afirmou que decidiu pelo arquivamento porque “os tribunais não podem forçar os promotores a seguir em frente” com um processo.

Mesmo assim, o magistrado criticou a decisão do governo Trump de buscar o arquivamento do caso.

“Tudo aqui cheira a barganha: arquivamento da acusação em troca de concessões na política de imigração”, escreveu Ho. O juiz ordenou que as acusações não poderão ser apresentadas novamente.

Embora seja do Partido Democrata, Adams é favorável às políticas de combate à imigração ilegal de Trump. Durante a campanha presidencial, o republicano disse que ele e o prefeito seriam “perseguidos” porque eram contra o que chamou de política de “fronteiras abertas” do governo Joe Biden (2021-2025).

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