Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Contra a vida

Juiz bloqueia permanentemente proibição para aborto após 15 semanas no Arizona, nos EUA

Juiz bloqueia permanentemente proibição para aborto após 15 semanas no Arizona, nos EUA
Decisão foi baseada em emenda da Constituição estadual que foi aprovada em 2024 (Foto: Foto de mali desha em Unsplash)

Ouça este conteúdo

Um juiz do Tribunal Superior do Condado de Maricopa bloqueou permanentemente nesta quarta-feira (5) a proibição do aborto após 15 semanas de gestação no estado do Arizona, nos Estados Unidos. A decisão foi tomada com base na emenda constitucional aprovada pelos eleitores em plesbiscito realizado em 2024, que passou a garantir o acesso ao aborto como um “direito protegido pela constituição estadual”.

A sentença reforçou a posição da procuradora-geral do Arizona, Kris Mayes, que já havia declarado em dezembro de 2024 que não aplicaria a restrição. Com isso, médicos e clínicas puderam retomar os procedimentos de aborto para gestações acima do limite de 15 semanas, logo após a certificação da 139ª Emenda sobre o acesso ao aborto.

Entidades progressistas, como a União Americana para Liberdades Civis (ACLU) e o Center for Reproductive Rights, comemoraram a decisão da Justiça.

Enquanto no Arizona o Judiciário permitiu a ampliação do acesso ao aborto, o governo do presidente Donald Trump tomou medidas na direção oposta, abandonando um processo judicial que a gestão do ex-presidente Joe Biden (2021-2025) havia iniciado contra o estado de Idaho. A ação visava garantir que hospitais no estado pudessem realizar abortos em casos de “emergência médica’.

A administração Biden havia conseguido, nas primeiras etapas do processo, uma decisão favorável da Suprema Corte, que manteve uma ordem judicial temporária permitindo que hospitais de Idaho realizassem abortos quando a gravidez “representasse risco à vida ou à saúde da mulher”. No entanto, o Departamento de Justiça do governo Trump decidiu retirar a ação nesta quarta-feira (5). Segundo informações da CNN, o encerramento do processo federal não muda imediatamente a situação no estado, já que o maior sistema hospitalar de Idaho, St. Luke’s Health System, entrou com um processo próprio contra a lei estadual, que proíbe o aborto em quase todos os casos (exceto quando envolve a vida da mãe) e, na terça-feira (4), obteve uma liminar que mantém o acesso a “abortos emergenciais”.

Desde a revogação da Roe v. Wade pela Suprema Corte americana, em 2022, diversos estados dos EUA começaram a adotar mais restrições ao procedimento, com locais como Texas e Louisiana proibindo completamente a prática, enquanto cerca de 30 estados impuseram algum tipo de limitação.

VEJA TAMBÉM:

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.