Ouça este conteúdo
O juiz federal Michael Farbiarz, do tribunal distrital de Newark, em Nova Jersey, decidiu nesta quarta-feira (11) que o governo do presidente Donald Trump não pode justificar a detenção do ex-estudante da Universidade de Columbia e ativista pró-Palestina Mahmoud Khalil com base em interesses da política externa dos Estados Unidos. A decisão foi divulgada pela agência Reuters e representa um impasse no caso do homem detido após participar - sendo figura-chave, no ano passado, dos violentos protestos universitários contra Israel que ocorreram em Nova York.
Segundo a decisão, o magistrado afirmou que sua ordem só terá efeito a partir de sexta-feira (13), às 9h30 (horário local), para permitir que a Casa Branca tenha tempo de se manifestar. De acordo com a Reuters, o juiz Farbiarz destacou que o governo Trump estava violando o direito à liberdade de expressão de Khalil ao mantê-lo detido e tentar deportá-lo com base em uma norma pouco utilizada da legislação de imigração americana. Esta norma concede ao secretário de Estado dos EUA - neste caso Marco Rubio -, a prerrogativa de pedir a deportação de qualquer estrangeiro cuja permanência seja considerada "prejudicial aos interesses de política externa do país".
O juiz proibiu ainda o governo Trump de deportar Khalil sob a justificativa de que sua presença seria contrária aos interesses da política externa dos EUA.
Mahmoud Khalil foi preso em março após ter seu green card revogado pelo Departamento de Estado, e desde então permanece detido em um centro de imigração no estado da Louisiana.
