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Um juiz federal dos Estados Unidos determinou nesta terça-feira (8) que a Casa Branca deve voltar a permitir o acesso de jornalistas da agência americana Associated Press a eventos da presidência.
Desde a sua volta ao cargo, em janeiro, o presidente Donald Trump vem barrando a entrada de profissionais da AP na Casa Branca e no resort de Mar-a-Lago, na Flórida, onde o presidente tem residência, e de voar no Air Force One, o avião oficial da presidência americana, onde o mandatário costuma atender a imprensa.
O republicano tomou a medida porque a agência segue usando o nome Golfo do México ao invés de exclusivamente Golfo da América, novo nome definido por Trump, por meio de uma ordem executiva assinada em janeiro, para o golfo que banha o México e os Estados Unidos.
Em fevereiro, a Associated Press processou membros da gestão Trump para voltar a ter acesso a eventos da presidência. A agência alegou que, por ser uma empresa global, seguiria usando o nome original do golfo, “embora reconheça o novo nome escolhido por Trump”, porque o resto do mundo continua usando o nome Golfo do México.
Na decisão desta terça-feira, o juiz distrital Trevor McFadden, nomeado pelo próprio Trump no primeiro mandato do republicano (2017-2021), citou a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que protege a liberdade de expressão.
“De acordo com a Primeira Emenda, se o governo abre suas portas para alguns jornalistas — seja para o Salão Oval, o Salão Leste [da Casa Branca] ou outro lugar —, ele não pode então fechar essas portas para outros jornalistas por causa dos seus pontos de vista”, escreveu McFadden. O governo Trump ainda não se manifestou sobre a decisão.
