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Ex-presidente havia alegado que comentários que procuradoria apontou serem tentativas de interferência eleitoral estariam protegidos pela Primeira Emenda
Ex-presidente havia alegado que comentários que procuradoria apontou serem tentativas de interferência eleitoral estariam protegidos pela Primeira Emenda| Foto: EFE/EPA/ANDY MANIS

O juiz Scott McAffee, responsável pelo caso aberto na Geórgia contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) por suposta interferência eleitoral, rejeitou nesta quinta-feira (4) um pedido de arquivamento do caso.

McAffee alegou que a defesa de Trump não conseguiu demonstrar que as suas declarações e supostas condutas estão protegidas pela liberdade de expressão e frisou que o tribunal também não encontrou provas para defender essa tese.

A equipe de Trump baseou-se na Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que protege o direito à liberdade de expressão.

Trump e outros 18 cúmplices são acusados ​​na Geórgia de formar uma associação criminosa com o objetivo de anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 naquele estado, vencidas pelo democrata e atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

A acusação de associação criminosa apresentada pela procuradora distrital Fani Willis é a mesma que foi utilizada por outros procuradores no passado para desmembrar organizações mafiosas.

McAffee já havia rejeitado pedidos semelhantes feitos por outros réus neste caso, que também tentaram se basear na Primeira Emenda.

O julgamento na Geórgia ainda não tem data. A procuradora havia afirmado que estaria pronta para agosto, mas o magistrado ainda não se pronunciou.

Dos quatro processos criminais contra Trump, o primeiro a ter julgamento, a partir de 15 de abril, será o de Nova York, relacionado a supostos pagamentos irregulares à atriz pornográfica Stormy Daniels para comprar seu silêncio durante a campanha eleitoral de 2016.

Em Washington, Trump também responde por interferência eleitoral pela invasão dos seus apoiadores ao Capitólio em janeiro de 2021, enquanto na Flórida é acusado de ter levado documentos confidenciais da Casa Branca quando deixou o poder, os quais guardou na sua mansão em Mar-a-Lago.

Neste último caso, a juíza Aileen Cannon se recusou nesta quinta-feira a rejeitar a acusação contra Trump.

A decisão negou uma moção baseada na Lei de Registros Presidenciais apresentada pela defesa de Trump para rejeitar a acusação.

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