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A juíza federal Paula Xinis, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos no estado de Maryland, determinou nesta sexta-feira (4) que o governo do presidente Donald Trump deve trazer de volta ao país um homem que foi deportado por engano para El Salvador em março.
O salvadorenho Kilmar Abrego Garcia foi enviado para o país centro-americano num dos voos de deportação acordados entre a gestão Trump e a do presidente de El Salvador, Nayib Bukele.
Xinis estabeleceu que Garcia seja trazido de volta aos Estados Unidos até a meia-noite (horário do leste dos Estados Unidos, 1h de Brasília) de segunda para terça-feira (8).
Segundo informações da CNN, o governo Trump admitiu na segunda-feira (31) num comunicado à juíza que deportou o salvadorenho por engano, “devido a um erro administrativo”, mas que não poderia trazê-lo de volta porque ele está sob custódia em El Salvador.
Numa audiência, Xinis mencionou a ordem de um juiz de imigração que havia estabelecido que Garcia não poderia ser deportado para El Salvador, porque corria risco de perseguição, e disse que a prisão e deportação ocorreram “sem base legal”.
A juíza também afirmou que os argumentos da gestão Trump de que Garcia teria ligações com a gangue salvadorenha MS-13 não foram plenamente comprovados e que eram necessários “uma acusação, queixa, procedimentos criminais que tenham um processo robusto” para atestar esse vínculo.
O governo Trump ainda não se pronunciou sobre a decisão de Xinis.







