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EUA

Juíza impede governo Trump de deportar outro acadêmico acusado de “promover o Hamas”

Juiz impede governo Trump de deportar outro acadêmico acusado de “promover o Hamas”
O presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: EFE/EPA/YURI GRIPAS/POOL)

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Um juíza federal dos Estados Unidos impediu nesta quinta-feira (20) o governo do presidente Donald Trump de deportar o acadêmico indiano Badar Khan Suri, bolsista de pós-doutorado da Universidade de Georgetown, que foi detido pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) sob a acusação de “espalhar propaganda do Hamas e promover o antissemitismo”. A decisão da juíza Patricia Tolliver Giles, do Distrito da Virgínia, suspende temporariamente sua remoção até que o caso seja analisado de forma completa no tribunal de imigração.

A ordem judicial determina que Suri não pode ser deportado enquanto sua petição para contestar a detenção estiver sendo revisada. Segundo a magistrada, a Casa Branca “não deve remover o peticionário do país”, a menos que o tribunal emita uma nova decisão em contrário.

Suri, que estava nos EUA com um visto acadêmico J-1, foi detido em sua casa na segunda-feira (17) à noite na Virgínia, segundo seu advogado Hassan Ahmad disse à mídia americana. A família do acadêmico alega que ele não cometeu nenhum crime e que sua detenção estaria ligada à sua esposa, que é palestina-americana e filha de um ex-assessor do grupo terrorista Hamas.

O Departamento de Segurança Interna afirma que Suri estava “ativamente espalhando propaganda do Hamas e promovendo o antissemitismo nas redes sociais”. Em um comunicado, a porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, declarou que ele tem “conexões próximas com um suspeito ou conhecido terrorista”.

Segundo McLaughlin, o Secretário de Estado Marco Rubio determinou que as atividades e a presença de Suri nos EUA tornavam sua deportação necessária, com base em uma legislação que permite ao governo remover imigrantes se sua presença representar um risco significativo para os interesses da política externa dos EUA.

A Universidade de Georgetown declarou que não há evidências de que Suri tenha cometido atividades ilegais e disse em nota que espera que o sistema legal julgue o caso dele “de forma justa”.

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