
O já muito atrasado julgamento do ex-presidente francês Jacques Chirac sobre mau uso de recursos públicos será retomado nesta segunda-feira, mas um neurologista alertou que ele não está bem o suficiente para participar da audiência.
Chirac, de 78 anos, é acusado de desviar dinheiro público para financiar seu partido político por meio de funcionários fantasmas na prefeitura de Paris enquanto ele foi prefeito entre 1977 e 1995, ano em que foi eleito chefe de Estado.
Chirac não estará presente na tarde desta segunda-feira na audiência processual que inicia o julgamento e o juiz Dominique Pauthe vai examinar uma avaliação médica que o considerou mentalmente incapaz de ser questionado sobre eventos do passado.
As alegações estão pendentes sobre Chirac desde que ele perdeu a imunidade presidencial em 2007. Após anos de atrasos e impedimentos legais, um obstáculo final foi vencido em junho e o julgamento poderia ser retomado, apesar de Chirac e seu partido, o conservador União por um Movimento Popular (UMP), terem oferecido dinheiro para encerrar o caso.
O juiz poderá pedir uma segunda avaliação médica, adiar o julgamento novamente ou abandoná-lo de vez. Políticos de todos os lados querem que o julgamento seja feito, mas que Chirac seja poupado de participar.
Chirac foi um dos presidentes que ficou mais tempo no poder e é bem visto por todo o país. A esposa dele, Bernadette, disse há algum tempo que o marido sofria de problemas de memória que poderiam estar ligados a um pequeno derrame que ele sofreu muitos anos atrás.



