Um júri em Boston considerou culpado Dzhokhar Tsarnaev, de 21 anos, pelos atentados na maratona de Boston que mataram três pessoas e feriram mais de 260 em abril de 2013.
Como 17 das 30 acusações contra ele preveem a pena de morte, é possível que Tsarnaev seja punido com a pena capital. A outra opção é a prisão perpétua. Essa decisão será tomada pelo mesmo júri, numa segunda fase do julgamento.
O ato foi o caso de ação terrorista mais grave em solo americano desde o 11 de Setembro. Os irmãos de origem tchetchena Dzhokhar e Tamerlan Tsarnaev (que foi morto pela polícia) detonaram duas panelas de pressão com explosivos, pregos e outros materiais pontiagudos perto da linha de chegada da corrida em abril de 2013.
Entre as acusações das quais Tsarnaev foi considerado culpado estão o uso de arma de destruição em massa resultando em morte e a posse e o uso de arma de fogo em crime resultando em morte.
No primeiro dia de julgamento, no dia 4 de março, a advogada de defesa de Tsarnaev, Judy Clarke, havia reconhecido que ele foi o responsável pelo ataque. Ela, no entanto, afirmou que o réu agiu sob a influência do irmão.
O argumento era uma tática para tentar livrar o cliente, hoje com 21 anos, da pena de morte.
Em pouco mais de um mês de julgamento, a defesa convocou apenas quatro testemunhas, que falaram por cerca de cinco horas. O governo, por sua vez, trouxe 92 testemunhas, cujos depoimentos foram realizados por 15 dias.
O júri que analisou o caso de Tsarnaev, é composto por oito homens e dez mulheres, todos brancos.
Motivação
Tamerlan, 26, morreu após um tiroteio com a polícia quando os irmãos tentavam fugir. Dzhokhar foi capturado, ferido e sangrando, escondido num barco no quintal de uma casa no subúrbio de Boston.
Os promotores alegam como motivação para o atentado uma mensagem que Dzhokhar escreveu com sangue dentro da embarcação. “O governo americano está matando nossos civis inocentes e nós muçulmanos somos um corpo, se você fere um, fere todos”. Tchetchenos étnicos, eles haviam se mudado para os Estados Unidos junto com a família há mais de uma década.
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