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O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, aliado do chavismo
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, aliado do chavismo| Foto: EFE/Miguel Gutierrez

O 1º Tribunal Antiterrorismo da Venezuela condenou nesta quarta-feira (22) 29 pessoas por envolvimento na Operação Gideão, uma suposta tentativa de derrubada do regime do ditador Nicolás Maduro, frustrada em maio de 2020.

Segundo comunicado da Procuradoria-Geral da Venezuela, 20 dos acusados foram condenados a 30 anos de prisão pelos crimes de traição, conspiração com governo estrangeiro, rebelião, associação, tráfico ilícito de armas de guerra, terrorismo e financiamento do terrorismo.

Os demais foram condenados a 21 anos de prisão por acusações de associação e conspiração com governo estrangeiro.

A chamada Operação Gideão teria ocorrido em maio de 2020, quando supostamente um grupo paramilitar tentou derrubar o governo de Maduro. Os chavistas alegaram que o esquema teria apoio do líder opositor Juan Guaidó, da Colômbia (à época presidida por Iván Duque) e dos Estados Unidos, que negaram participação.

“Começa a se encerrar um episódio sombrio na história recente do país, quando um grupo de venezuelanos, em coordenação com atores e potências estrangeiros, perpetrou esta operação de incursão marítima mercenária que buscava o assassinato de funcionários do mais alto nível do Estado venezuelano, incluindo o presidente da República, Nicolás Maduro: para conseguir a derrubada do governo nacional”, escreveu no X o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, aliado do chavismo.

Familiares e grupos de direitos humanos alegam que os condenados são presos políticos da ditadura venezuelana.

“Que impotência e raiva sinto neste momento, por ver a forma como a Justiça a serviço do regime destrói tantas vidas de cidadãos inocentes”, escreveu no X Franklin Caldera Cordero, diretor da Família SOS Liberdade, organização dedicada a apoiar presos políticos venezuelanos.

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