Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
América do Sul

Justiça colombiana ordena prisão de cinco congressistas

Presos são acusados de vínculo com grupo paramilitar. Um dos acusados é um senador que revelou pacto político

A Corte Suprema de Justiça colombiana ordenou nesta segunda-feira (14) a detenção de mais cinco congressistas acusados de vínculo com as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), incluindo o senador que revelou o pacto político com a organização paramilitar.

Foram emitidas ordens de detenção contra Miguel de la Espriella, Juan Manuel López Cabrales, Reginaldo Montes, William Montes e José de los Santos Negrette,, informou em Bogotá a Sala Penal da Corte, que já deteve outros oito legisladores desde novembro.

Pelo menos dois dos cinco congressistas já estão em poder das autoridades, segundo fontes policiais.

De la Espriella se entregou no comando da polícia de Córdoba, departamento do noroeste que esteve sob controle das AUC, enquanto López Cabrales foi detido no aeroporto Eldorado de Bogotá.

Os dois, assim como os outros processados, são acusados de formação de quadrilha por terem assinado um pacto com os paramilitares, no qual se comprometeram a "refundar" a pátria e lançar um "novo pacto social".

O pacto, conhecido como Acordo de Ralito, foi formalizado em junho de 2001 por cerca de 30 políticos, entre eles 11 congressistas, e dez chefes das AUC, já desmobilizadas.

A assinatura do acordo foi revelada em novembro no Congresso pelo senador De la Espriella, o que deu início ao escândalo da "parapolítica", pelo qual já estão na prisão oito legisladores, entre eles Álvaro Araújo Castro, detido em fevereiro.

O caso deste senador atingiu María Consuelo Araújo Castro, sua irmã, que na época era ministra das Relações Exteriores e teve que renunciar ao cargo.

O vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, afirmou recentemente que de "trinta a quarenta" congressistas poderão ir para a prisão por envolvimento no escândalo.

Paralelamente ao processo na Corte Suprema, a Procuradoria Geral está investigando funcionários e ex-funcionários do Congresso que possam ter relação com a "parapolítica".

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.