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China Evergrande
Sede da Evergrande, em Shenzhen, no leste da China| Foto: Alex Plavevski/EFE/EPA

A crise do setor imobiliário chinês ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (29), quando a Justiça de Hong Kong decidiu ordenar a liquidação da incorporadora Evergrande, que atualmente soma uma dívida estimada em mais de US$ 300 bilhões (R$ 1,4 trilhão). A decisão foi tomada depois da empresa não apresentar um plano concreto de reestruturação de sua dívida.

A Evergrande já foi considerada uma gigante do mercado imobiliário chinês, mantendo projetos em mais de 200 cidades. A empresa atuou também em outros segmentos, como de tecnologia, mídia e parques de diversões.

A juíza Linda Chan nomeou a empresa Alvarez & Marsal como liquidante da Evergrande. A empresa nomeada deverá assumir a partir de agora o controle dos ativos da empresa chinesa e buscar uma forma de devolver os valores devidos aos credores e outras partes interessadas.

Segundo informações de agências internacionais, a Evergrande tem cerca de US$ 240 bilhões (R$ 1,1 trilhão) em ativos e uma série de obrigações financeiras para cumprir com fornecedores, funcionários, clientes e investidores.

A falência da Evergrande pode ter impactos negativos para a economia da China, que já vem dando desde o ano passado novos sinais de desaceleração do crescimento. Ainda há incertezas sobre como as autoridades chinesas vão reconhecer a decisão da Justiça de Hong Kong, que segue uma jurisdição diferente da China de Xi Jinping.

A Evergrande é a quarta incorporadora chinesa a ser liquidada pela Justiça de Hong Kong desde o início da crise do setor imobiliário em meados de 2021. A situação da empresa é considerada um marco para o desenrolar da crise, que pode ter repercussões globais.

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