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A Justiça do Reino Unido condenou nesta sexta-feira (7) três cidadãos búlgaros por espionagem em favor da Rússia. Após um julgamento de quase três meses no tribunal de Old Bailey, em Londres, o júri considerou Katrin Ivanova, de 33 anos, Vanya Gaberova, de 30 anos, e Tihomir Ivanchev, de 39 anos, culpados de conspiração para cometer um crime sob a Lei de Segredos Oficiais de 1911. Cada um enfrenta uma pena máxima de 14 anos de prisão, com a sentença prevista entre 7 e 12 de maio.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, os condenados integravam uma rede de espionagem coordenada pelo empresário austríaco Jan Marsalek, que fugiu para a Rússia em 2020 após o colapso da empresa alemã Wirecard, envolvida em um escândalo financeiro de €1,9 bilhão. Marsalek, vivendo sob a proteção do regime de Vladimir Putin, dirigia operações de vigilância contra jornalistas e opositores do Kremlin em diversos países europeus.
A rede de espionagem cordenada pelo empresário austríaco foi desmantelada em fevereiro de 2023 por uma operação conjunta do serviço de inteligência britânico (MI5) e da divisão de contraterrorismo da Scotland Yard. Foi nesta operação que os três búlgaros foram presos. Durante as prisões, as autoridades apreenderam uma vasta quantidade de equipamentos de vigilância e documentos falsificados, o que evidenciou a sofisticação das operações conduzidas pelos espiões.
O chefe da promotoria britânica contra o terrorismo, Frank Ferguson, descreveu a operação como um dos casos mais graves de espionagem recente.
"A polícia encontrou uma verdadeira fábrica de espiões", afirmou.
O comandante Dom Murphy, chefe da divisão de contraterrorismo da Scotland Yard, alertou que as atividades de espionagem da Rússia no Reino Unido não se limitam a essa célula específica.
"Isso não será a única atividade que a Rússia está conduzindo no Reino Unido", disse Murphy.
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