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Fora das eleições presidenciais

Justiça da França torna Le Pen inelegível após condenação por desvio de recursos

Líder do partido de direita francês Reagrupamento Nacional (RN), Marine Le Pen (Foto: EFE/EPA/YOAN VALAT)

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A liderança do partido de direita Reagrupamento Nacional (RN, na sigla em francês), Marine Le Pen, foi condenada na Justiça francesa por peculato, nesta segunda-feira (31), em um processo que a torna inelegível para assumir cargos públicos por cinco anos e retira a possiblidade de candidatura nas eleições presidenciais de 2027.

O caso envolve desvio de recursos do Parlamento Europeu. A deputada francesa e outras 24 pessoas influentes em sua legenda foram acusadas de terem usado dinheiro destinado a pagar auxiliares do Parlamento Europeu para financiar o próprio RN, o que viola as regras do bloco.

Com isso, o Ministério Público da França, que começou a investigar o caso em 2017, solicitou que Le Pen fosse considerada inelegível por cinco anos e cumprisse pena de prisão pelo mesmo período, o que a impediria de disputar a presidência.

O Tribunal Penal de Paris, que julga a ação, divulgou a sentença nesta manhã, estabelecendo que Le Pen não poderá concorrer às eleições presidenciais de 2027, enfrentará pena de prisão de quatro anos e uma multa de 100 mil euros. A condenação surge enquanto ela lidera as pesquisas de intenção de voto para o pleito.

A condenação lança dúvidas sobre o futuro político da principal figura da direita nacionalista da França, que deixou a sala de audiências e o Palácio da Justiça antes que fossem anunciados todos os detalhes de sua sentença. Ao sair, ela rejeitou as acusações e classificou o processo como uma tentativa de "matarem sua trajetória política". A defesa irá recorrer.

Para o presidente do tribunal, Bénédicte de Perthuis, as ações de Le Pen equivalem a um “ataque sério e duradouro às regras da vida democrática na Europa, mas especialmente na França”.

Le Pen já concorreu à presidência da França em três ocasiões: em 2012, 2017 e 2022, tendo alcançado nesta última vez uma porcentagem alta de votos, conquistando 41,5% de apoio nas urnas no segundo turno contra Emmanuel Macron. Desde então, sua vantagem foi disparando, até que se tornou o nome mais forte de oposição ao atual governo.

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