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Um tribunal norueguês nomeou dois psiquiatras nesta sexta-feira para realizar um novo exame de Anders Behring Breivik, o militante contrário ao Islã que matou 77 pessoas no ano passado, em um esforço para pôr fim ao inflamado debate nacional sobre um diagnostico inicial que o descreveu como psicótico.

Breivik admitiu ter detonado uma bomba em um prédio do governo em Oslo que matou oito pessoas e ter matado a tiros outras 69 pessoas em um acampamento de verão de jovens do Partido Trabalhista, da situação, em julho.

Se o tribunal decidir que está de acordo com o relatório que define Breivik como psicótico, ele deve ser enviado a uma instituição psiquiátrica de segurança e não à prisão.

"A natureza extremamente grave do caso dita que questões adicionais devem ser mais investigadas", disse a juíza do tribunal distrital de Oslo, Wenche Elizabeth Arntzen, em uma coletiva de imprensa.

"Raramente faz mal lançar mais luz sobre um caso", acrescentou a magistrada, observando que um especialista em doenças mentais que cuidou de Breivik na prisão havia discordado publicamente com os especialistas nomeados pelo tribunal, que declararam em 29 de novembro que ele sofria de psicose.

Breivik disse através de seu advogado que se recusaria a cooperar, mas a juíza disse que isso não era relevante para a decisão.

Dezenas de sobreviventes e outros atingidos pelos ataques de Breivik exigiram uma nova avaliação, argumentando que apenas alguém no controle de suas faculdades mentais poderia ter lançado os ataques sistemáticos.

Breivik disse que ele quis punir o que chamou de "traidores" pró-imigração.

Se for declarado culpado, disseram autoridades da corte, um júri terá que decidir se ele vai para a prisão por até 21 anos - a sentença máxima na Noruega - ou se será trancafiado em uma instalação psiquiátrica.

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