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Agente da Patrulha da Fronteira americana monitora a cerca que separa os Estados Unidos do México. em San Diego | MARIO TAMA/AFP
Agente da Patrulha da Fronteira americana monitora a cerca que separa os Estados Unidos do México. em San Diego| Foto: MARIO TAMA/AFP

O juiz federal Dana Sabraw, de San Diego, ordenou a suspensão temporária das deportações de famílias imigrantes reunidas nos EUA.  O magistrado, que emitiu a decisão na noite desta segunda-feira (16), atendeu a um pedido da organização American Civil Liberties Union (ACLU), que advoga pelos direitos civis no país e é uma das entidades mais atuantes na atual crise de imigração nos EUA. 

 A ACLU solicitou que as deportações fossem adiadas em pelo menos uma semana após os familiares serem reunidos. O pedido foi feito em meio a rumores de que o governo americano pretendia fazer deportações em massa imediatamente. 

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Segundo a ACLU, os pais precisavam de uma semana após a reunificação para decidir se davam continuidade ou não ao pedido de asilo nos EUA. Muitos tiveram que escolher entre ser deportados com os filhos ou deixar os menores nos EUA na esperança de que o asilo fosse concedido. 

 A ACLU defende que os familiares tenham tempo de discutir com os filhos as implicações da decisão. Também quer que eles sejam devidamente orientados sobre o que acontece se as crianças ficarem nos EUA, enquanto os pais voltam para seus lugares de origem. 

 Aguardando resposta

Sabraw, que foi indicado para o cargo no governo de George W. Bush, decidiu suspender temporariamente as deportações até que o pedido da ACLU seja respondido pelo Departamento de Justiça, com prazo dado até o dia 24, quando ocorre nova audiência sobre o processo envolvendo a organização. O juiz deu uma semana aos advogados do governo e afirmou que tomaria uma decisão formal sobre o assunto depois disso. 

 No fim de junho, Sabraw havia estabelecido prazo até 10 de julho para que o governo reunisse pais a menores de cinco anos separados na fronteira com o México como resultado da política de tolerância zero adotada a partir de abril. 

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 Na semana passada, o governo disse ter reunido 57 crianças com menos de cinco anos aos seus pais, pouco mais da metade do total de 103. A maioria dos pais foi liberada com tornozeleiras eletrônicas para monitoramento antes das audiências em corte. 

 As demais famílias deveriam ser reunificadas até 26 de julho. Segundo o governo, 2.480 das crianças mais velhas já tiveram a confirmação de parentesco, e 918 delas devem ser reunidas a seus pais até a data-limite. 

Outro pedido

 Na sexta-feira (13), Sabraw, atendendo a outro pedido da ACLU, ordenou que o governo notificasse a organização 12 horas antes de cada reunião de pais e filhos. A entidade pediu que o juiz estendesse a ordem para incluir notificação sobre quais famílias estariam programadas para deportação. 

 A ACLU não foi a única organização a ganhar uma ação contra o governo americano. Nesta terça, a Legal Aid Society conseguiu que uma corte de Nova York desse prazo de 48 horas para que as crianças e os adolescentes fossem informados sobre os planos de reunificação do governo.  O objetivo é que eles sejam informados sobre todos os fatores que envolvem sua deportação, incluindo a transferência para outras instalações

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