Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Águas do Ártico

Justiça russa decreta prisão preventiva de 22 ativistas do Greenpeace

Eles foram detidos nas águas do Ártico quando tentavam escalar uma plataforma de petróleo para fazer um protesto

A Justiça da Rússia decretou nesta sexta-feira a prisão preventiva de 22 dos 30 ambientalistas do Greenpeace que foram detidos nas águas do Ártico quando tentavam escalar uma plataforma de petróleo para fazer um protesto, informou o tribunal da cidade de Murmansk.

Entre os ativistas condenados a dois meses de prisão preventiva como suspeitos por crime de pirataria estão cidadãos de Rússia, França, Turquia, Polônia, Suécia, Canadá, Nova Zelândia, Argentina, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos e Itália.

Os magistrados optaram por esta medida por entenderem que existe o risco de fuga dos ativistas estrangeiros e pela gravidade do crime do qual são suspeitos, enquanto no caso dos russos, justificaram a prisão preventiva pela ausência de uma residência permanente na região de Murmansk.

Além disso, o tribunal apontou para indícios de que o suposto crime foi cometido pelos ambientalistas em grupo e de acordo com um planejamento prévio, dois fatos considerados como agravantes pela legislação russa.

O tribunal também prorrogou para 72 horas a prisão do restante da tripulação do navio do Greenpeace "Arctic Sunrise", entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel.

No caso desses oito ativistas, a Justiça russa teve problemas para conseguir tradutores e esclarecer sua participação no ato de protesto, por isso o tribunal voltará a realizar outra audiência prévia no próximo domingo para determinar ou não a prisão preventiva deles.

Após o protesto, o navio foi apreendido pela guarda de fronteiras russa e seus tripulantes detidos. A embarcação foi rebocada até o porto de Murmansk, e os ativistas foram trazidos para terra para comparecerem perante a justiça.

A Gazprom planeja começar a produção de petróleo nessa plataforma no primeiro trimestre de 2014, o que, segundo a ONG, aumentaria o risco de um vazamento de petróleo em uma área que contém três reservas naturais protegidas pela própria legislação russa.

Segundo o Greenpeace, os ativistas detidos na quinta-feira passada a bordo do "Arctic Sunrise" procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Finlândia, Suécia e França.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.