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O líder norte-coreano Kim Jong-il, que supostamente se recupera de uma grave doença, escolheu o mais novo de seus três filhos para sucedê-lo, disse a agência sul-coreana de notícias Yonhap na quinta-feira.

A eventual morte de Kim, 66 anos, sem deixar um sucessor claro poderia agravar as incertezas no misterioso país comunista, que tenta desenvolver armas nucleares, apesar de sua população viver na miséria, constantemente ameaçada pela fome.

A questão da sucessão norte-coreana é tão sigilosa que só o círculo familiar imediato e confidentes do dirigente têm alguma noção clara da situação. Na Coreia do Sul, por outro lado, especulações sobre a saúde de Kim e sua sucessão são um assunto recorrente.

"Acreditamos que o presidente Kim Jong-il tenha escolhido o filho Jong-un, que ele teve com a terceira e falecida esposa Ko Yong-hui, e dado instruções ao Departamento de Organização e Orientação do Partido dos Trabalhadores por volta de 8 de janeiro," disse uma fonte de inteligência da Coreia do Sul à Yonhap.

Ainda de acordo com essa fonte, o poderoso aparato partidário - onde o próprio Kim foi treinado para governar antes de suceder ao seu pai, Kim Il-sung, morto em 1994 - foi instruído a transmitir a mensagem a seus seguidores.

Jong-un, educado na Suíça, nasceu no final de 1983 ou começo de 84. É considerado um rapaz inteligente e reflexivo, e apontado como o favorito do pai.

Mas sua juventude é considerada uma barreira à sua ascensão, numa sociedade que tradicionalmente preza a experiência dos anciões.

A mídia diz que o filho mais velho de Kim, Jong-nam, com quase 40 anos - e que apareceu desleixado e obeso em um filme -, está fora do páreo. Já o segundo, Jong-chol, seria considerado por Km como fraco demais para governar.

A Yonhap disse que Jang Song-taek, cunhado de Kim e dirigente do partido, atuaria como "tutor" de Kim Jong-un.

O ex-presidente sul-coreano Kim Dae-jung, protagonista de uma histórica cúpula com o líder norte-coreano em 2000, disse na quinta-feira que um dos três filhos de Kim Jong-il deve se tornar um líder simbólico, mas que lideranças partidárias e militares comporiam uma liderança coletiva.

Especialistas dizem não haver sinais de que Kim estaria perdendo poder, apesar dos persistentes rumores sobre sua saúde, iniciados quando ele deixou de comparecer a um desfile militar em setembro.

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