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Voo MH17 da Malaysia Airlines

Kremlin rejeita decisão que culpa Rússia por derrubar avião comercial na Ucrânia em 2014

Parentes das vítimas depositam girassóis no monumento em homenagem aos mortos do voo MH17, no Parque Dudok, em Hilversum, na Holanda, em 17 de julho de 2024. O ato marcou os 10 anos da tragédia que matou 15 moradores da cidade, quando o avião da Malaysia Airlines foi abatido no leste da Ucrânia, vitimando mais de 200 pessoas. (Foto: EFE/EPA/SEM VAN DER WAL)

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O Kremlin rechaçou nesta terça-feira a decisão da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) que responsabiliza a Rússia pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines sobre o leste da Ucrânia em 2014, que matou 298 pessoas.

"Nossa posição é bem conhecida. A Rússia não participou da investigação deste incidente, então não aceitamos conclusões tendenciosas", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, em sua entrevista coletiva diária por telefone.

A OACI determinou ontem que a Rússia é responsável pela queda do voo MH17 em 2014 e, portanto, violou a Convenção sobre Aviação Civil Internacional, ou Convenção de Chicago, que proíbe os Estados de usar armas contra aeronaves civis em voo.

Nesse contexto, a Holanda e a Austrália, cujos passageiros estavam a bordo do avião acidentado, planejam solicitar que a Rússia receba ordens para "iniciar negociações com ambos os países" que levem a resultados concretos.

Em 2022, um tribunal holandês já condenou à revelia os russos Igor Girkin e Sergei Dubinski, e o ucraniano Leonid Kharchenko, à prisão perpétua pelo "assassinato" das 298 pessoas a bordo, incluindo 196 cidadãos holandeses.

O avião havia decolado de Amsterdã e seguia em direção a Kuala Lumpur quando foi atingido por um míssil terra-ar russo sobre território controlado por separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

Moscou sempre negou envolvimento no acidente e seus diplomatas indicaram que, desde o início do litígio, ofereceram à OACI "amplas e convincentes provas materiais e legais demonstrando o não envolvimento de nosso país na catástrofe", o que teria sido ignorado.

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