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Ditadores latino-americanos
Ditadores latino-americanos: de Cuba, Miguel Diaz-Canel (à esquerda), da Nicarágua, Daniel Ortega (centro), da Venezuela, Nicolás Maduro (direita, ao fundo). À direita de Maduro, à frente, o presidente da Bolívia, Luis Arce. Foto em Havana, dezembro de 2022.| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

Líderes opositores do Legislativo de Buenos Aires pediram que Nicolás Maduro, Daniel Ortega e Miguel Díaz-Canel, os ditadores da Venezuela, Nicarágua e Cuba, respectivamente, sejam declarados "personae non gratae" antes de sua possível visita à capital argentina na próxima semana.

Os legisladores da coalizão Juntos pela Mudança, que governa em Buenos Aires e faz oposição ao governo nacional, apresentaram um projeto de declaração na Assembleia Legislativa da capital contra esses governantes por ocasião da possível visita dos três para participar no dia 24 de janeiro da VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“Convidar quem viola os direitos humanos é falta de compromisso com a democracia”, escreveu no Twitter o primeiro vice-presidente do Legislativo, Emmanuel Ferrario.

No mesmo sentido, o legislador do partido de direita A Liberdade Avança, Ramiro Marra, apresentou outro projeto no Legislativo da capital para declarar o "ditador comunista Nicolás Maduro persona non grata", segundo informou em suas redes sociais.

Essas medidas se somam a outras manifestações de repúdio de vários líderes da oposição ao governo peronista de Alberto Fernández e Cristina Kirchner.

Um grupo de opositores liderado pelo prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, realizou nesta sexta-feira uma reunião com representantes da comunidade venezuelana no país, em repúdio à possível visita de Maduro.

A presidente do partido Proposta Republicana, Patricia Bullrich, que faz parte da Juntos pela Mudança, chegou a pedir na quinta-feira a prisão "imediata" de Maduro caso ele chegue à Argentina.

Além disso, o Fórum Argentino para a Democracia na Região (FADER) denunciou Maduro, Ortega e Díaz-Canel perante a Justiça argentina na quarta-feira, para que sejam investigados por "crimes contra a humanidade".

O governo argentino não confirmou a visita de Maduro ou Ortega, mas sim um encontro bilateral entre Díaz-Canel e Fernández na próxima quarta-feira.

A Celac é um mecanismo intergovernamental de diálogo e pactuação política criado em 2010 e integrado por 33 países da América Latina e do Caribe.

Entre os governantes confirmados na cúpula, além do anfitrião, Alberto Fernández, estão o chileno Gabriel Boric, o uruguaio Luis Lacalle Pou, o boliviano Luis Arce, o equatoriano Guillermo Lasso, a hondurenha Xiomara Castro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem será a primeira viagem internacional neste terceiro mandato.

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