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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, possui uma série de propagandistas, que divulgam o projeto expansionista do Kremlin por meio das redes de comunicação do país
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, possui uma série de propagandistas, que divulgam o projeto expansionista do Kremlin por meio das redes de comunicação do país| Foto: EFE/EPA/SERGEY GUNEEV/SPUTNIK/KREMLIN

Um apresentador da televisão russa retomou uma discussão nesta semana, durante um painel de debate no canal estatal Rossiya 1, afirmando que o país deve anexar Portugal ao seu território, depois de "desnazificar a Alemanha", como parte de um plano expansionista com foco também nos Estados Unidos.

Apesar do tom descontraído da discussão, que contou com a participação de comentaristas, o apresentador do programa “Noite com Vladimir Solovyov”, um dos grandes propagandistas do governo de Putin, defendeu que os “portugueses viveriam bem melhor como parte do império russo”, em referência ao projeto do Kremlin de conquistar novos territórios.

Em um encontro anterior, os participantes já haviam concordado com a posição de Vladimir, na qual declarava que Putin deveria “libertar Lisboa”, uma cidade a partir da qual é possível “ver a Estátua da Liberdade, quando o tempo está bom”, depois a anexação da Ucrânia.

Outra jornalista pró-Putin, Margarita Simonyan, que é editora-chefe da emissora Russia Today e integrou o grupo de debatedores, afirmou que a anexação não seria por necessidade, "mas ela gostaria muito de ter o país como parte da nação russa". Além de Lisboa, Simonyan acrescentou à lista outras áreas que poderiam integrar o país do leste europeu, como os estados americanos da Califórnia e do Hawai.

O programa, apresentado por Vladimir Soloyyoy, estreou em 2012 no canal Rússia-1 e traz a debate a possibilidade de tomada de outros países pelo Kremlin, incluindo Portugal. É a terceira vez em que Lisboa vira tema do show televisivo.

Os comentaristas convidados discutem com frequência estratégias para a expansão do território russo, principalmente após o início da guerra da Ucrânia, na qual Putin busca anexar territórios pertencentes ao país vizinho.

Outros alvos do Kremlin fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como a Finlândia, que nesta semana fechou totalmente suas fronteiras com a Rússia, e a Polônia. Além desses, há países que integravam a antiga União Soviética, como a Letônia, Lituânia e Estônia.

No ano passado, dois meses após a invasão russa à Ucrânia, o ex-primeiro-ministro Dmitry Medvedev disse em uma das coletivas de imprensa organizadas pelo Kremlin que "o objetivo de Putin é uma Eurásia aberta de Lisboa a Vladivostok”, ligando o extremo oriental da Ásia ao extremo ocidental da Europa.

Segundo Medvedev, o objetivo do expansionismo "é a paz das gerações ucranianas futuras e a oportunidade de, finalmente, criar uma Eurásia aberta de mar a mar”, declarou, à época.

Atualmente, a Rússia possui acordos de expansão territorial e de influência com a China, no Ártico, onde aumentou as atividades militares, nos últimos anos. Além disso, a diplomacia russa tem se reunido com aliados no Oriente Médio, em meio ao conflito entre Israel e o Hamas, e renovou a parceria com o Grupo Wagner, que voltou a recrutar mercenários para atuarem junto ao Exército do Kremlin.

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