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A Líbia declarou na quarta-feira um embargo comercial e econômico à Suíça, uma semana depois de o dirigente Muammar Khadaffi ter convocado uma "jihad" (luta armada) contra o país europeu, em represália pela recente aprovação em referendo de restrições à construção de minaretes em mesquitas.

O anúncio do embargo foi feito pela agência estatal de notícias Jana, refletindo atritos bilaterais que remontam a 2008, quando a polícia de Genebra deteve um filho de Khadaffi, chamado Aníbal, sob a acusação - depois retirada - de maus tratos a duas empregadas domésticas.

"O Comitê Geral do Povo (governo) decidiu-se por um embargo econômico e comercial ao Estado suíço envolvendo os setores público e privado", disse nota oficial.

"A decisão veio em resposta ao apelo do irmão líder da Revolução (Khadaffi)", afirma a nota, acrescentando que a Líbia buscará alternativas para suas importações de produtos e equipamentos médicos da Suíça.

O texto diz também que o governo cancelou "projetos elétricos e outras" atividades de firmas suíças não especificadas.

A chancelaria suíça não quis comentar a decisão. As exportações da Suíça para a Líbia em 2009 equivaleram a 0,08 por cento do total, ou 145,7 milhões de dólares, segundo o site do Secretariado Estatal Suíço para Assuntos Econômicos.

No mesmo período, a Suíça importou da Líbia o equivalente a 669,3 milhões de dólares da Líbia, principalmente em petróleo bruto, num valor equivalente a 0,42 por cento das importações suíças.

Em 2009, a Líbia ainda era a origem de cerca de 30 por cento de todas as importações suíças de petróleo.

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