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Nova Iorque – A não ser no caso de uma muito improvável e grande surpresa, o ministro sul-coreano das Relações Exteriores Ban Ki-moon deve ser eleito hoje o novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo Conselho de Segurança da entidade. Ki-Moon é o único candidato que restou, depois que todos os seis restantes se retiraram da disputa, e venceu todas as votações informais preliminares.

Caso o grupo realmente confirme o nome de Ki-moon para o mais alto posto da diplomacia mundial, basta apenas o endosso oficial dos 192 membros da ONU para que o sul-coreano substitua, a partir de 1.º de janeiro, o ganense Kofi Annan, que liderou a organização nos últimos dez anos.

Ki-moon já garantiu o apoio dos cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia). Após a última votação informal do Conselho, na segunda-feira passada (02), o sul-coreano emergiu novamente como o mais forte candidato, com 14 votos a favor e uma abstenção. Em resposta, um a um, os demais postulantes apresentaram cartas se retirando da disputa.

Diplomata de carreira, Ki-moon se tornará o oitavo secretário-geral da ONU aos 62 anos, e o segundo de origem asiática (Sithu U-Thant, da Birmânia, ocupou o cargo entre 1961 e 1971). É considerado um aliado do governo dos Estados Unidos – que pediu agilidade no processo de eleição, para que o novo secretário possa desfrutar de uma etapa de transição – e agradou à China, que queria um asiático no cargo.

O apoio da Rússia foi conquistado por meio de um acordo entre esse país e os Estados Unidos. Para ter a França e o Reino Unido ao seu lado, Ki-moon fez negociações por debaixo dos panos. Para a França, ficou a promessa da manutenção do controle do departamento de Operações de Manutenção da Paz. Para o Reino Unido, a de que um britânico será responsável pela Subsecretaria-Geral de Assuntos Políticos.

Entre os principais desafios do novo secretário-geral estará a recuperação da credibilidade do órgão, depois de escândalos que surgiram nos últimos anos, como o caso de corrupção detectado no programa de assistência humanitária "Petróleo por Comida", no Iraque.

A ONU emprega atualmente mais de 9 mil funcionários ao redor do globo, e tem um orçamento anual de R$ 2 bilhões.

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