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Berta Soler Fernández durante uma homenagem ao grupo Damas de Branco nos EUA em 2016
Berta Soler Fernández durante uma homenagem ao grupo Damas de Branco nos EUA em 2016| Foto: EFE/Giorgio VIera

A líder do grupo dissidente de Cuba Damas de Branco, Berta Soler, e seu marido, o ex-preso político Angel Moya, denunciaram nesta segunda-feira (4) que ambos foram detidos novamente em Havana.

Soler e Moya foram detidos no domingo (3) quando deixavam a sede da organização opositora no bairro de Lawton, em Havana, conforme relatou Moya em redes sociais.

O ex-preso político denunciou que ambos foram levados separadamente em carros da polícia para as delegacias de El Cotorro e Guanabacoa, também na capital.

Moya disse que este é o 77º "domingo repressivo contra as Damas de Branco" desde que o grupo de mulheres decidiu, no início de 2022, retomar seus protestos para exigir a libertação de presos políticos, após o fim da pandemia de covid-19.

Ele também informou que Soler foi multada em 150 pesos cubanos (equivalentes a US$ 1,25) antes de ser libertada nesta segunda-feira.

Berta Soler é uma das fundadoras das Damas de Branco, um movimento feminino que surgiu por iniciativa de várias mulheres, familiares dos 75 dissidentes e jornalistas independentes - incluindo Moya - condenados durante a onda de repressão de 2003 conhecida como "primavera negra".

A União Europeia e as ONGs Human Rights Watch e Anistia Internacional criticaram a onda de prisões e condenações, classificando-a como política. As autoridades cubanas alegaram que os dissidentes acusados estavam agindo contra a 'soberania nacional" por ordem dos Estados Unidos.

As Damas de Branco receberam o Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu para a Liberdade de Pensamento em 2005. (Com Agência EFE)

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