![Líder dos houthis diz que grupo continuará atacando navios no Mar Vermelho Um jovem assistindo o discurso do líder Houthi, Abdul-Malik al-Houthi](https://media.gazetadopovo.com.br/2024/01/18170439/c840f2d9bf58ecc9da437ac9b6084ba21c5d8baaw-960x540.jpg)
O líder da milícia houthi do Iêmen, Abdulmalik al-Houthi, reconhecida pelo governo americano como um grupo terrorista, disse nesta quinta-feira (18) que a milícia vai continuar com os ataques realizados contra navios que, segundo ele, estão ligados a Israel no Mar Vermelho e no Golfo de Aden.
A continuação dos ataques é uma resposta aos bombardeios dos Estados Unidos e do Reino Unido contra alvos controlados pela milícia.
Segundo informações do jornal britânico The Guardian, por meio de um discurso transmitido por canais da mídia árabe nesta quinta, al-Houthi disse que era “uma grande honra e bênção estar confrontando diretamente a América” e criticou o presidente americano, Joe Biden, chamando-o de “um homem idoso que tem dificuldade para subir as escadas de um avião”.
Al-Houthi também pediu um “boicote em massa” de produtos israelenses no mundo árabe e acusou os líderes de diversos países islâmicos de serem “fracos e indiferentes à causa palestina”. Ele afirmou que os houthis foram “alvo de sanções e terrorismo” porque estavam “dispostos a tomar medidas práticas para apoiar os palestinos”.
O líder da milícia disse que os ataques dos EUA e do Reino Unido não tiveram “impacto significativo” em suas capacidades militares e afirmou que a guerra no Oriente Médio é parte de uma “batalha mais ampla entre os ‘sionistas que adoram o diabo’ e o mundo muçulmano”. Al-Houthi também convocou os cidadãos do Iêmen a saírem em uma “manifestação de apoio” nesta sexta-feira (19) aos seus “compatriotas mortos pelas forças americanas”.
Os houthis, apoiados pelo Irã, controlam grande parte do norte do Iêmen, incluindo a capital Sanaa, e lutam contra uma coalizão liderada pela Arábia Saudita que apoia o governo internacionalmente reconhecido do país. O conflito, que começou em 2014, já matou mais de 100 mil pessoas e causou a uma grande crise humanitária na região.
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