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Militar russo em região ocupada em Donetsk, no leste da Ucrânia
Militar russo em região ocupada em Donetsk, no leste da Ucrânia| Foto: EFE/EPA/YURI KOCHETKOV

Líderes de regiões controladas pela Rússia ou por separatistas apoiados pelo Kremlin no leste e sul da Ucrânia anunciaram nesta terça-feira (20) que os plebiscitos para que essas áreas sejam anexadas por Moscou devem começar nesta semana.

Segundo informações da agência Reuters, as votações serão realizadas entre sexta-feira (23) e o início da próxima semana nas regiões de Luhansk, Kherson, Zaporizhzhia e Donetsk.

Neste último oblast, onde separatistas já haviam declarado uma república independente em 2014 (assim como em Luhansk), o líder Denis Pushilin disse que a votação servirá para que a “população [local] que sofre há tanto tempo” possa “conquistar o direito de fazer parte do grande país que sempre considerou sua pátria”.

A proteção a russos étnicos em território ucraniano foi um dos argumentos utilizados por Vladimir Putin para justificar a invasão iniciada em fevereiro deste ano. Em 2014, a Rússia já havia anexado a Crimeia, por meio de um referendo marcado por acusações de fraude.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, escreveu no Twitter que “‘referendos’ falsos não mudarão nada”.

“Nem qualquer ‘mobilização’ híbrida. A Rússia tem sido e continua sendo um agressor que ocupa ilegalmente partes do território ucraniano. A Ucrânia tem todo o direito de libertar os seus territórios e continuará a libertá-los independentemente do que a Rússia tenha a dizer”, escreveu, fazendo referência às contraofensivas no leste e no sul do país.

Os Estados Unidos já informaram que não reconhecerão o resultado dessas consultas e afirmaram que sua realização indica o desespero do Kremlin pelas derrotas militares das últimas semanas.

“São uma afronta aos princípios de soberania e integridade territorial. Sabemos que [os referendos] serão manipulados e que a Rússia os utilizará como base para que esses territórios sejam anexados agora ou no futuro”, disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

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