Os líderes políticos e religiosos do Egito se comprometeram nesta quarta-feira (11) a cumprir os objetivos da revolução, a transferir o poder para uma autoridade civil e a respeitar os resultados das eleições legislativas.
Numa reunião no Cairo mediada pelo Al-Azhar, a instituição mais importante do islã sunita, os dirigentes egípcios aceitaram várias propostas apresentadas pela entidade referentes ao futuro democrático do país e às liberdades públicas.
Um comunicado emitido pelo Al-Azhar após o encontro ressalta a importância do Egito dar prosseguimento à "construção democrática das instituições do estado e à transferência de poder para uma autoridade civil na data determinada", o que está previsto para acontecer em junho.
Além disso, a instituição lembra a importância de que os resultados das eleições legislativas, vencidas pelos grupos islamitas, seja respeitada. O Al-Azhar disse também que é preciso cooperar com os jovens revolucionários.
A nota também pede que o espírito da praça Tahrir (epicentro da Revolução de 25 de Janeiro) seja protegido, e que o julgamento dos líderes do antigo regime se acelere.
Outros pontos abordados foram a construção de uma economia egípcia forte e uma justiça universal, assim como a recuperação do papel vanguardista do país na região.
O texto pede também o fim dos julgamentos militares contra civis e a libertação de todos os presos políticos. O comunicado frisa que o Egito é composto tanto pelo islã como pelo cristianismo.
A reunião contou com a participação de várias lideranças religiosas, como o xeque do Al-Azhar, Ahmed al Tayib, o papa copta, Shenuda III, e o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia.
Entre os representantes das forças políticas estiveram presentes o primeiro-ministro, Kamel Ganzuri, e os candidatos à presidência, Amre Moussa e Mohammed Selim al Awa, além dos presidentes do Partido Liberdade e Justiça, Al Nour, Al Wafd, entre outros.
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