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Crise aguda

Líderes partidários gregos tentam chegar a consenso e evitar eleições

Se falharem hoje na tarefa de formar uma coalizão de governo para lidar com a crise, terão apenas um mês para convocar novo pleito

Simpatizantes do partido comunista grego participam de manifestação defendendo que a Grécia saia da zona do euro | Louisa Gouliamaki/AFP
Simpatizantes do partido comunista grego participam de manifestação defendendo que a Grécia saia da zona do euro (Foto: Louisa Gouliamaki/AFP)

Evangelos Venizelos, líder do Partido Socialista (Pasok) da Grécia, disse ontem que ele e os outros líderes dos principais partidos políticos do país se reunirão hoje com o presidente grego, Karolos Papoulias, às 8 h (de Brasília), em uma última tentativa de formar um governo de coalizão, após as eleições parlamentares do último dia 6.

Na reunião realizada on­­tem com Venizelos, o líder­­ do partido conservador No­­va Democracia, Antonis Sa­­maras, e o líder do pequeno Esquerda Democrática (De­­Mar), Fotis Kouvelis, o presidente propôs a formação de um governo tecnocrata. Mas a proposta já foi rejeitada por Kouvelis. Mesmo assim, Samaras acredita que existe uma margem para uma aliança entre o Pasok, o Nova Democracia e o partido de direita Gregos Independentes. Samaras disse que prefere um governo de técnicos, em vez de políticos.

Na reunião de amanhã par­­­­ticiparão os líderes de seis­­­­ dos sete partidos que ob­­ti­­veram representação no Par­­la­­mento nas eleições do dia 6. A exceção é o neonazista Au­­ro­­ra Dourada.

Os líderes partidários tentarão, pelo nono dia, formar um governo que possa lidar com a aguda crise financeira do país, evitar o calote e assegurar que a Grécia se mantenha na zona do euro. Se não houver acordo, o país terá de convocar novas eleições, dentro de aproximadamente um mês.

"Os esforços para formar um novo governo conti­­nuam. Os três líderes partidários concordam que é absolutamente necessário termos o amplo apoio dos partidos políticos para chegar a um governo viável", declarou Samaras, após a reunião com o presidente.

"O povo nos deu um mandato muito claro: devemos tentar, o máximo que pudermos, todos juntos, formar um novo governo. Todos devem agora assumir suas responsabilidades históricas", disse.

Já o partido Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) afirmou ontem que não vai apoiar nenhum governo que aceite os termos do segundo pacote internacional de resgate, de 130 bilhões de euros, negociado com União Europeia (UE) e Fundo Mone­tário Internacional (FMI). A dec laração foi dada após o presidente do país propor um governo de tecnocratas, em vez de políticos.

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