
Evangelos Venizelos, líder do Partido Socialista (Pasok) da Grécia, disse ontem que ele e os outros líderes dos principais partidos políticos do país se reunirão hoje com o presidente grego, Karolos Papoulias, às 8 h (de Brasília), em uma última tentativa de formar um governo de coalizão, após as eleições parlamentares do último dia 6.
Na reunião realizada ontem com Venizelos, o líder do partido conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, e o líder do pequeno Esquerda Democrática (DeMar), Fotis Kouvelis, o presidente propôs a formação de um governo tecnocrata. Mas a proposta já foi rejeitada por Kouvelis. Mesmo assim, Samaras acredita que existe uma margem para uma aliança entre o Pasok, o Nova Democracia e o partido de direita Gregos Independentes. Samaras disse que prefere um governo de técnicos, em vez de políticos.
Na reunião de amanhã participarão os líderes de seis dos sete partidos que obtiveram representação no Parlamento nas eleições do dia 6. A exceção é o neonazista Aurora Dourada.
Os líderes partidários tentarão, pelo nono dia, formar um governo que possa lidar com a aguda crise financeira do país, evitar o calote e assegurar que a Grécia se mantenha na zona do euro. Se não houver acordo, o país terá de convocar novas eleições, dentro de aproximadamente um mês.
"Os esforços para formar um novo governo continuam. Os três líderes partidários concordam que é absolutamente necessário termos o amplo apoio dos partidos políticos para chegar a um governo viável", declarou Samaras, após a reunião com o presidente.
"O povo nos deu um mandato muito claro: devemos tentar, o máximo que pudermos, todos juntos, formar um novo governo. Todos devem agora assumir suas responsabilidades históricas", disse.
Já o partido Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) afirmou ontem que não vai apoiar nenhum governo que aceite os termos do segundo pacote internacional de resgate, de 130 bilhões de euros, negociado com União Europeia (UE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). A dec laração foi dada após o presidente do país propor um governo de tecnocratas, em vez de políticos.



