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O democrata Joe Biden com o filho, Hunter.
O democrata Joe Biden com o filho, Hunter.| Foto: AFP

Questões jurídicas sobre negócios da família Biden com um conglomerado de energia chinês quase certamente seguirão Joe Biden à Casa Branca, caso o ex-vice-presidente ganhe a disputada eleição, segundo previsões de grupos governamentais. “Essas questões não irão embora com a presidência de Biden”, disse Tom Fitton, presidente da Judicial Watch, ao The Daily Signal.

O FBI abriu uma investigação com foco em Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente, e sócios comerciais não identificados por possível lavagem de dinheiro em conexão com uma joint venture com o conglomerado chinês CEFC China Energy.

O que parece uma maioria republicana mais fraca no Senado pode não ser um bom presságio, e Fitton disse que não ficaria otimista a respeito de uma responsabilização. Mas mesmo que os EUA tenham um Departamento de Justiça sob um governo Biden isso não significaria responsabilidade zero, acrescentou.

“Se uma investigação começa, não é fácil encerrá-la”, disse Fitton. “Joe Biden enfrentaria uma pressão política significativa se tentasse encerrar a investigação. Não seria fácil”, completou.

Com a investigação do FBI já iniciada, provavelmente ela avançaria agressivamente em um segundo mandato de Trump.

O Daily Signal entrevistou Fitton e outros antes do dia da eleição. Os principais meios de comunicação apontaram uma vitória de Biden na eleição de 3 de novembro, mas o presidente Donald Trump alegou fraude em estados-chave e sua campanha de reeleição tomou medidas legais.

Leia também: O que se sabe sobre os supostos e-mails que ligam Biden a empresa ucraniana de energia

O CEFC China Energy, que tem ligações com o Partido Comunista Chinês, pagou a Hunter Biden pelo menos US$ 5 milhões em 2017, de acordo com um relatório do Senado. Isso foi depois de seu pai completar o segundo mandato na gestão de Barack Obama. No entanto, em dezembro de 2013, quando seu pai ainda era vice-presidente, Hunter Biden acompanhou-o no Força Aérea Dois para a China e se encontrou com outro parceiro comercial não relacionado ao CEFC. Essa viagem não parece ser o foco da atual investigação do FBI.

“Joe Biden estaria 100% comprometido como comandante-chefe de nosso maior inimigo”, disse M.A. Taylor, diretor de “Riding the Dragon”, um documentário narrado pelo jornalista investigativo Peter Schweizer.

O filme descreve a relação financeira entre a família Biden e o governo chinês, que cresceu durante a vice-presidência de Joe Biden de 2009 a 2016. “Não vejo o Congresso assumindo muita responsabilidade, há censores nas mídias sociais e apagão da imprensa”, disse Taylor ao The Daily Signal, referindo-se à supressão de notícias do New York Post pelas redes sociais sobre o conteúdo dos arquivos encontrados no laptop de Hunter Biden.

“Ele seria o presidente menos investigado que já vimos”, disse Taylor. “A mídia está comprometida. Ninguém mais confia nas Big Tech. Ninguém mais confia na imprensa”.

Se Biden governar de maneira favorável à China, isso poderá ter consequências de longo prazo, acrescentou Taylor: “Felizmente, o governo nunca fica nas mãos de um partido por muito tempo; mas em dois anos, isso poderia causar danos a longo prazo aos Estados Unidos. Mesmo que você puna o presidente, Pequim ainda poderá expandir sua influência e construir mais ilhas no Mar do Sul da China. O dano, portanto, pode ser permanente, mesmo no futuro”.

Hunter Biden, 50, é formado em direito pela Universidade de Yale. Em maio de 2017, criou a empresa SinoHawk com seu tio James Biden e o sócio Tony Bobulinski para fazer negócios com o CEFC, conglomerado chinês. O plano era que a SinoHawk investisse US$ 10 milhões do CEFC em projetos de energia e infraestrutura nos Estados Unidos e em todo o mundo.

Embora a joint venture SinoHawk-CEFC tenha parado em agosto de 2017, Hunter e James Biden supostamente continuaram trabalhando com o conglomerado. Em setembro, dois comitês do Senado - Finanças e Segurança Interna e Assuntos Governamentais - emitiram um relatório de supervisão conjunta que concluiu que o CEFC havia transferido para Hunter Biden pelo menos US$ 5 milhões a partir de 7 de agosto de 2017. O relatório do Senado sinalizou alguns dos pagamentos eletrônicos como atividade financeira possivelmente criminosa:

Em 4 de agosto de 2017, a CEFC Infrastructure Investment (US) LLC, uma subsidiária da CEFC China Energy Company de Ye Jianming que listou Gongwen Dong como seu diretor, enviou ao escritório de advocacia de Hunter Biden, Owasco, um pagamento de US$ 100 mil. Essa transação foi identificada como potencial atividade financeira criminosa.

Uma das entidades de investimento do CEFC Infrastructure Investment é supostamente o Shanghai Huaxin Group, estatal chinesa ‘envolvida em produtos petrolíferos’. Essa empresa é propriedade do CEFC Shanghai International Group Ltd., controlado pelo Shanghai Guosheng Group, outra empresa estatal. De acordo com os relatórios, o CEFC Shanghai era uma subsidiária do CEFC ligada às alegações de corrupção acima mencionadas envolvendo o chefe do Banco de Desenvolvimento da China.

Bobulinski, em uma declaração em 22 de outubro para repórteres e em entrevista com Tucker Carlson do Fox News Channel, disse que Joe Biden era “o chefão” em um e-mail que dividia participações para parceiros na joint venture. A mensagem dizia que isso significaria 20% de patrimônio líquido para Hunter Biden e 10% para “o chefão”.

A campanha do democrata disse que Biden nunca teve participação acionária nas empresas de seu filho. Mas a campanha frequentemente dava explicações vagas sobre a autenticidade dos e-mails. Um documento mostra que a participação de James Biden aumentou de 10% para 20%, o que Bobulinski concluiu ser uma forma de mascarar a participação contínua de 10% de Joe Biden.

Possivelmente, uma questão maior tem a ver com milhões de dólares de doadores chineses ao Centro Biden para Diplomacia e Engajamento Global da Universidade da Pensilvânia, segundo Tom Anderson, diretor do projeto de integridade do governo no National Legal and Policy Center. A entidade registrou uma reclamação sobre as doações junto ao Departamento de Educação dos EUA em maio.

“Ainda não temos informações suficientes para dizer se ele está comprometido”, disse Anderson ao The Daily Signal, referindo-se a Joe Biden.

O Biden Center recebeu US$ 70 milhões de doadores chineses desde 2017, sendo US$ 22 milhões de doadores anônimos, de acordo com denúncia do National Legal and Policy Center. A denúncia pede ao Departamento de Educação que force a Universidade da Pensilvânia a divulgar mais informações sobre os doadores.

Anderson observou que muitos funcionários do Biden Center provavelmente se juntarão ao novo governo Biden. “É uma incubação de corrupção”, disse Anderson. “Os funcionários do Biden Center são futuros funcionários do governo e podem se sentir em dívida com esses doadores. É assim que os caras se comprometem.”

* Fred Lucas é correspondente chefe de política nacional no The Daily Signal, co-apresentador do podcast “The Right Side of History” e autor do livro “Abuse of Power: Inside The Three-Year Campaign to Impeach Donald Trump”.

©2020 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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