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Turquia

Livre o autor de ataque a João Paulo II

São Paulo (Folhapress) – O turco Mehmet Ali Agca, que tentou assassinar o Papa João Paulo II em 1981, deixou ontem a penitenciária de Istambul, após quase 25 anos de detenção. Cercado por forte segurança, Agca deixou a prisão em um carro. Alguns manifestantes ultranacionalistas jogaram flores no carro. O ministro da Justiça turca, Cemil Cecek, declarou que pode pedir uma revisão do caso para detectar possíveis falhas na decisão da soltura.

Agca, de 48 anos, fazia parte do grupo de extrema-direita Lobos Cinzentos. Tinha 23 anos quando cometeu o atentado contra João Paulo II em 13 de maio de 1981, no Vaticano, e foi preso na hora.

Nascido em 1958, em uma família muito pobre de Hekimhan, província de Malatya (leste da Turquia), Agca estudou na faculdade de Ciências Econômicas de Istambul, onde começou a se relacionar com integrantes do extrema-direita nacionalista.

Já tinha sido preso na Turquia, no dia 25 de junho de 1979, acusado do assassinato de Abdi Ipecki, chefe de redação do jornal Milliyet. Antes do julgamento, escapou da prisão, no dia 25 de novembro. Foi condenado à revelia. Depois de fugir, telefonou e escreveu várias vezes à imprensa para afirmar que seu único objetivo era "matar João Paulo II", que deveria visitaria a Turquia. Não conseguiu atentar contra a vida do Papa na ocasião, mas deixou o país e foi para a Líbia, em 1980, antes de viajar a Roma, onde chegou bem perto de concretizar sua intenção.

Agca afirma que "uma força sobrenatural" puxou o gatilho. Por outro lado, admite que já contou 50 versões falsas sobre o crime. Durante o interrogatório sobre o atentado contra João Paulo II, disse que não era nem de direita nem de esquerda. "Sou um terrorista independente."

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