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diplomacia

Lobo não irá à cúpula América Latina-Europa, confirma BBC

Presidente hondurenho desistiu do encontro para evitar boicote dos países latinos. Presidente brasileiro também ameaçou faltar ao encontro

O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, não comparecerá a um encontro entre países da União Europeia e da América Latina, confirmou a BBC em seu site nesta sexta-feira Lobo pretende com isso evitar o boicote de líderes sul-americanos.

Vários presidentes, entre eles o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, ameaçaram não ir ao encontro em Madri, no dia 18, caso Lobo comparecesse. Esses líderes consideram o governo hondurenho ilegítimo, pela forma como seu predecessor, Manuel Zelaya, foi deposto, em um golpe militar. Lobo foi escolhido em eleições marcadas anteriormente ao golpe, mas realizadas sob a vigência do governo de facto liderado por Roberto Micheletti.

Lobo disse que não pretende comparecer pois não deseja ser uma fonte de conflito, segundo a rede britânica. Ele explicou, porém, que pretende viajar à Espanha para um compromisso paralelo, um encontro entre países da UE e da América Central, marcado para o dia 17.

Em Tegucigalpa, capital hondurenha, a Comissão da Verdade começou a receber documentos e testemunhos sobre o que ocorreu antes, durante e depois do golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya em junho de 2009.

"Estamos processando as informações que estamos recebendo de maneira voluntária das pessoas, organizações e instituições estatais", disse nesta sexta-feira o coordenador do grupo, o ex-vice-presidente da Guatemala Eduardo Stein.

"Nosso trabalho é intenso e esperamos que aumente gradualmente conforme se aproxime o final de nossos interrogatórios", disse ele.

A comissão deve concluir os trabalhos em janeiro de 2011 e funciona temporariamente em um hotel em Tegucigalpa.

"Estamos muito otimistas de que obteremos bons resultados. E queremos ser uma entidade construtiva que cure as feridas surgidas pela crie política do ano anterior. Não excluiremos nada das investigações que estamos realizando", disse Stein.

Ele disse que os três integrantes estrangeiros da entidade permanecerão duas semanas por mês em Honduras, mas que pessoas especializadas estarão permanentemente na capital.

A comissão foi formada na terça-feira durante uma cerimônia especial. O acordo que criou a instância foi firmado em outubro de 2009 por Zelaya e pelo então presidente de facto Roberto Micheletti.

Também integram a comissão a ex-ministra de Justiça do Peru María Zavala, o diplomata canadense Michael Kergin, a reitora da Universidade Nacional Autônoma Julieta Castellanos e o ex-reitor da mesma instituição, Jorge Casco.

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