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Relações internacionais

Londres expulsa diplomata de Israel por fraude em passaportes

Documentos falsos teriam sido usados no assassinato de líder do grupo islâmico Hamas, em Dubai

O embaixador Ron Prosor fala a jornalistas em Londres: crise com britânicos | Luke MacGregor/Reuters
O embaixador Ron Prosor fala a jornalistas em Londres: crise com britânicos (Foto: Luke MacGregor/Reuters)

O ministro das Relações Exte­­riores da Grã-Bretanha, David Miliband, anunciou ontem a ex­­pulsão de um diplomata israelense pelo suposto uso de passaportes falsificados britânicos no as­­sassinato de um líder do Hamas em Dubai. Na operação de assassinato, teriam sido usados doze passaportes britânicos falsificados. O nome do diplomata não foi divulgado.

Em mensagem enviada à Câ­­mara dos Comuns, Miliband disse que os passaportes eram cópias de documentos verdadeiros e provavelmente foram forjados pelo Mossad, serviço de segurança israelense. A polícia de Dubai identificou 26 passaportes es­­trangeiros, dos quais mais de dez são britânicos, vinculados ao as­­sassinato de Mahmoud al Ma­­bhouh, um alto membro do grupo militante palestino Hamas, em janeiro.

"Eu pedi que um membro da Embaixada de Israel seja retirado da Grã-Bretanha, como resultado desse assunto, e isso está ocorrendo", afirmou Miliband aos parlamentares, em comunicado. " O uso abusivo de passaportes britânicos é intolerável", acrescentou Miliband.

A Interpol publicou uma lista de 27 pessoas que as investigações mostraram ter relação com o as­­sassinato. Pelo menos 15 delas têm nomes de cidadãos israelenses. Todos os quinze negaram qualquer envolvimento com o assassinato.

Os governos da França e da Irlanda também começaram a investigar o uso de passaportes falsificados dos países na operação.

O embaixador israelense na Grã-Bretanha, Ron Prosor, declarou-se "desapontado" com a decisão do governo britânico de expulsar o diplomata. Em breve comunicado, Prosor lembrou que a relação bilateral é de mútua importância, portanto "nós estamos desapontados pela decisão do governo britânico".

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense confirmou que o embaixador do país na Grã-Bretanha foi convocado na noite de segunda-feira para prestar esclarecimentos, mas não quis fazer outros comentários.

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