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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (20) o fato de as potências internacionais, principalmente os Estados Unidos, discutirem sanções ao Irã depois de o país ter aceitado um acordo que prevê a troca de combustível nuclear em território turco. Segundo Lula "tem gente que não sabe fazer política se não tiver inimigo".

O presidente discursou durante o encerramento da 13ª Marcha dos Prefeitos, realizada em Brasília. Lula cobrou que a comunidade internacional sente à mesa para dialogar com o Irã. Na última segunda (17), Lula, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, anunciaram em Teerã um acordo em que o Irã entregaria à Turquia urânio levemente enriquecido e receberia em troca combustível nuclear.

Apesar de o tratado ser visto como uma "vitoria da diplomacia" pelo governo brasileiro, os países membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas anunciaram que continuariam a discutir sanções contra o país de Ahmadinejad.

"Há quanto tempo vocês vêem essa briga entre Irã e conselho da ONU, os Estados Unidos e o Irã. O que eles queriam? Que o Irã sentasse e fizesse um acordo. Fomos ao Irã e conseguimos depois de 18 horas de reunião que o Irã fizesse aquilo que o Conselho de Segurança queria que fosse feito há seis meses. E é engraçado que muitas pessoas não gostaram que o Irã aceitasse o acordo", criticou.

Segundo Lula, o Irã era "demonizado" pelas potências internacionais, mas depois de o país ter se disposto a negociar, os países desenvolvidos caminham para a rejeição do diálogo. "A verdade é que o Irã, que era vendido como demônio, resolveu sentar na mesa de negociações. Quero ver se os outros vão cumprir aquilo que queriam que o Irã fizesse", disse.

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